BARRAGEM DE FRIDÃO:
'Risco de ruptura é menor do que um terramoto de grau 8'
O risco de uma ruptura na barragem de Fridão, em Amarante, é menor do que um terramoto com grau 8 em Lisboa, disse João Avillez, responsável pela segurança nas barragens no Instituto da Água (IA).
“Posso dizer que o risco corresponde a um num milhão”, frisou o responsável, lembrando que em Portugal Continental nunca aconteceu qualquer ruptura em barragens.
A posição deste especialista em segurança nas barragens ocorre no dia em que se conheceu um documento assinado pelo presidente do IA, Orlando Borges, no qual se admite que uma eventual ruptura da barragem de Fridão provocaria uma onda que chegaria à cidade de Amarante em apenas 13 minutos, submergindo grande parte da área urbana.
João Avillez insiste que o risco de ruptura é “muitíssimo pequeno”, mesmo tendo presente a proximidade da cidade de Amarante, cerca de oito quilómetros a jusante.
“As barragens são das infraestruturas mais seguras que conhecemos, porque são monitorizadas em todas as fases da obra, desde a construção até à exploração, passando pelo enchimento, que é a fase mais delicada”, explicou à Lusa.
O técnico do IA diz que há em Portugal outros aglomerados urbanos a jusante de barragens já construídas e não há registo de qualquer problema.
No caso de Fridão - adiantou João Avillez - se as barragens forem construídas (estão previstas duas - a de montante e a de jusante), será instalado um sistema de alerta e aviso a jusante do aproveitamento hidroeléctrico que fornecerá todas as informações à população, “para que a obra seja o mais segura possível”.
Também sobre os possíveis riscos para Amarante ao nível da segurança, o presidente da Câmara de Amarante disse à Lusa que “praticamente não há possibilidade da barragem colapsar por completo sem dar aviso”.
“Foi isso que os técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) nos disseram quando cá estiveram num debate sobre segurança promovido pela câmara”, frisou o autarca.
Armindo Abreu lembra que uma infraestrutura como a barragem de Fridão “seria monitorizada ao segundo e que, caso fosse detetada alguma anomalia, haveria tempo para se proceder ao seu esvaziamento”.
A barragem de Fridão é uma das 10 que constam do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, afectando território dos concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.
A discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental da Barragem de Fridão terminou a 15 de Fevereiro.
in Marão online - 10 de Março de 2010
“Posso dizer que o risco corresponde a um num milhão”, frisou o responsável, lembrando que em Portugal Continental nunca aconteceu qualquer ruptura em barragens.
A posição deste especialista em segurança nas barragens ocorre no dia em que se conheceu um documento assinado pelo presidente do IA, Orlando Borges, no qual se admite que uma eventual ruptura da barragem de Fridão provocaria uma onda que chegaria à cidade de Amarante em apenas 13 minutos, submergindo grande parte da área urbana.
João Avillez insiste que o risco de ruptura é “muitíssimo pequeno”, mesmo tendo presente a proximidade da cidade de Amarante, cerca de oito quilómetros a jusante.
“As barragens são das infraestruturas mais seguras que conhecemos, porque são monitorizadas em todas as fases da obra, desde a construção até à exploração, passando pelo enchimento, que é a fase mais delicada”, explicou à Lusa.
O técnico do IA diz que há em Portugal outros aglomerados urbanos a jusante de barragens já construídas e não há registo de qualquer problema.
No caso de Fridão - adiantou João Avillez - se as barragens forem construídas (estão previstas duas - a de montante e a de jusante), será instalado um sistema de alerta e aviso a jusante do aproveitamento hidroeléctrico que fornecerá todas as informações à população, “para que a obra seja o mais segura possível”.
Também sobre os possíveis riscos para Amarante ao nível da segurança, o presidente da Câmara de Amarante disse à Lusa que “praticamente não há possibilidade da barragem colapsar por completo sem dar aviso”.
“Foi isso que os técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) nos disseram quando cá estiveram num debate sobre segurança promovido pela câmara”, frisou o autarca.
Armindo Abreu lembra que uma infraestrutura como a barragem de Fridão “seria monitorizada ao segundo e que, caso fosse detetada alguma anomalia, haveria tempo para se proceder ao seu esvaziamento”.
A barragem de Fridão é uma das 10 que constam do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, afectando território dos concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto.
A discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental da Barragem de Fridão terminou a 15 de Fevereiro.
in Marão online - 10 de Março de 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário