PNBEPH - Rio TâmegaBarragens ameaçam Tâmega e Amarante
A Barragem de Fridão é uma das 10 a construir no âmbito do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), cinco das quais na bacia do Tâmega (quatro no Alto Tâmega e uma em Amarante).
Em carta enviada a um elemento do grupo Por Amarante Sem Barragens, o presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, admite que uma eventual ruptura da barragem de Fridão submergirá grande parte da área urbana de Amarante.
Mais informação em:http://aguaplana.blogspot.com/2010/03/onda-choque.html
http://www.construir.pt/2010/03/09/eventual-ruptura-na-barragem-de-fridao-submergira-amarante/.
Por outro lado, e relativamente às outras quatro barragens projectadas, um especialista em geomorfologia alertou, também recentemente, para a possibilidade de as albufeiras poderem ter efeitos sísmicos. Segundo Emanuel Queirós, fundador do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, o Estudo de Impacto Ambiental das barragens não teve em conta o facto de o rio correr numa zona de "falha sismotectónica".
A forma como estes aspectos foram minimizados no Estudo de Impacto Ambiental constituiu um dos alicerces da providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo de Penafiel, pelo grupo cívico Por Amarante sem barragens, visando anular o período de consulta pública do referido estudo.
Estes argumentos juntam-se a muitos outros de carácter ambiental que, em 2008, pouco depois da aprovação do PNBEPH, provocaram o Manifesto Anti-Barragem, Salvar o Tâmega e a vida no Olo (rio que alimenta as Fisgas de Ermelo, consideradas como as maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa).
E motivaram o lançamento da petição, que contabiliza já cerca de três mil assinaturas, com vista à reapreciação do PNBEPH.
Segundo Rui Cortes, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e especialista da área do ambiente, a construção de quatro barragens na bacia hidrográfica do Tâmega e de três derivações de cursos de água vão "alterar completamente" a zona envolvente ao rio e até mesmo o Parque Natural do Alvão.
Propagandeadas como factor de desenvolvimento económico, social e até ambiental, a construção das barragens em causa promete uma enorme destruição ambiental, a perda de muitas centenas de hectares de terrenos produtivos e/ou protegidos, a deterioração da qualidade da água e a perda irreversível de património cultural, acusa a Quercus, alertando que os prejuízos não justificam o acréscimo de apenas 3% de produção de electricidade previsto com as construções e que têm sido anunciados como indispensáveis, muito embora sejam conhecidas alternativas que permitiriam atingir os mesmos objectivos: reforço de barragens já existentes, eficiência energética, outras energias renováveis. (ver http://salvarotamega.wordpress.com/)
A Barragem de Fridão é uma das 10 a construir no âmbito do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), cinco das quais na bacia do Tâmega (quatro no Alto Tâmega e uma em Amarante).
Em carta enviada a um elemento do grupo Por Amarante Sem Barragens, o presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, admite que uma eventual ruptura da barragem de Fridão submergirá grande parte da área urbana de Amarante.
Mais informação em:http://aguaplana.blogspot.com/2010/03/onda-choque.html
http://www.construir.pt/2010/03/09/eventual-ruptura-na-barragem-de-fridao-submergira-amarante/.
Por outro lado, e relativamente às outras quatro barragens projectadas, um especialista em geomorfologia alertou, também recentemente, para a possibilidade de as albufeiras poderem ter efeitos sísmicos. Segundo Emanuel Queirós, fundador do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, o Estudo de Impacto Ambiental das barragens não teve em conta o facto de o rio correr numa zona de "falha sismotectónica".
A forma como estes aspectos foram minimizados no Estudo de Impacto Ambiental constituiu um dos alicerces da providência cautelar interposta no Tribunal Administrativo de Penafiel, pelo grupo cívico Por Amarante sem barragens, visando anular o período de consulta pública do referido estudo.
Estes argumentos juntam-se a muitos outros de carácter ambiental que, em 2008, pouco depois da aprovação do PNBEPH, provocaram o Manifesto Anti-Barragem, Salvar o Tâmega e a vida no Olo (rio que alimenta as Fisgas de Ermelo, consideradas como as maiores quedas de água de Portugal e uma das maiores da Europa).
E motivaram o lançamento da petição, que contabiliza já cerca de três mil assinaturas, com vista à reapreciação do PNBEPH.
Segundo Rui Cortes, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e especialista da área do ambiente, a construção de quatro barragens na bacia hidrográfica do Tâmega e de três derivações de cursos de água vão "alterar completamente" a zona envolvente ao rio e até mesmo o Parque Natural do Alvão.
Propagandeadas como factor de desenvolvimento económico, social e até ambiental, a construção das barragens em causa promete uma enorme destruição ambiental, a perda de muitas centenas de hectares de terrenos produtivos e/ou protegidos, a deterioração da qualidade da água e a perda irreversível de património cultural, acusa a Quercus, alertando que os prejuízos não justificam o acréscimo de apenas 3% de produção de electricidade previsto com as construções e que têm sido anunciados como indispensáveis, muito embora sejam conhecidas alternativas que permitiriam atingir os mesmos objectivos: reforço de barragens já existentes, eficiência energética, outras energias renováveis. (ver http://salvarotamega.wordpress.com/)
in Centro de Média Independente . Portugal - 11 de Março de 2010
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