sábado, 30 de agosto de 2008

TÂMEGA - DEBATE: A BARRAGEM DE FRIDÃO - QUE CONSEQUÊNCIAS E QUE FUTURO PARA A POPULAÇÃO DO VALE DO TÂMEGA



TÂMEGA - DEBATE
A BARRAGEM DE FRIDÃO - QUE CONSEQUÊNCIAS E QUE FUTURO PARA A POPULAÇÃO DO VALE DO TÂMEGA 



PCTP/MRPP (Vale do Tâmega) - 30 de Agosto de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

PNBEPH - RIO TÂMEGA: Não à barragem de Fridão!













PNBEPH - RIO TÂMEGA
Não à barragem de Fridão!

Aos órgãos de comunicação social

O PCTP/MRPP diz não à barragem de Fridão porque estão em causa a segurança, a saúde pública e a qualidade de vida das populações do vale do Tâmega

O PCTP/MRPP considera que a decisão do governo em construir a barragem de Fridão, uma vez mais, vem dar razão às preocupações, às denúncias e à luta que o nosso Partido iniciou nos anos 80 em defesa dos direitos, dos interesses e do bem estar das populações do vale do Tâmega contra as políticas de ataque e destruição dos direitos das populações e de cerco e de subjugação do desenvolvimento e do futuro da região do Tâmega.


Tais medidas foram impostas pelos sucessivos governos, sempre apoiadas e coordenadas com os autarcas locais a troco de promessas e contrapartidas e tiveram a ajuda de todos os partidos do sistema. Estes optaram pelo silêncio e recusaram dar apoio e solidariedade às lutas que as populações têm travado. Até a comunicação social local se vergou ao sistema.


A política de terra queimada, de abandono e isolamento tinha, afinal, um objectivo: impedir o desenvolvimento harmonioso e integrado para impor o rumo dos interesses e dos negócios das celuloses, dos lixos, das barragens e de outros negócios que se seguirão. 

Destruiu-se o património, a paisagem, o ecossistema, pôs-se em causa e em risco a saúde pública e destruiu-se a qualidade de vida das populações. Chegou-se ao ponto de as autarquias aprovarem e imporem a instação do aterro sanitário de Codeçoso em cima das populações, transformando-lhes a vida num pesadelo com cheiros insuportáveis e invasão de insectos para além dos riscos que as populações hoje correm com a poluição das águas subterrâneas e do rio Tâmega.


À resistência do povo contra o encerramento da linha do Tâmega, contra os eucaliptos e contra o aterro impôs-se um poder autárquico mesquinho e cada vez mais agressivo e autoritário que colocou a região debaixo do cerco e do medo.

O processo da linha do Tâmega é o melhor exemplo para se perceber que os governos apostaram tudo no sucesso dessas políticas. 

A primeira constatação e coincidência é o facto de o protocolo assinado com as autarquias em 1985 ocorrer quando estavam no governo em coligação os dois partidos PS e PSD. 

Neste protocolo as autarquias assinaram o encerramento da linha em troca da construção da variante do Tâmega. Mas em 1988, quando o povo percebeu o que estavam a cozinhar nas suas costas, levantou-se em protesto em defesa da linha e foi o que se viu: as mesmas autarquias com a maior arrogância assinaram o acordo de Braga sentenciando o encerramento da linha com a curiosidade de não reivindicarem a variante do Tâmega e ignorarem as vozes que se levantaram dizendo que a linha poderia ser a galinha dos ovos de ouro da região até por ser a única linha de potencial turístico reconhecido e com projecto de viabilidade económica.


A construção da barragem do Torrão que, à época, foi anunciada como uma mais-valia para o turismo de Amarante, é hoje um desastre ambiental de larga escala e um risco para a saúde pública: as águas do rio Tâmega estão podres e pestilentas, interditas a banhos e ao uso doméstico.

É uma situação desoladora para quem vive ou visita Amarante. 100 metros para Sul o cenário é muito pior pois à superfície existe um tapete verde onde nem os barcos rompem. Esta é uma realidade que já vem dos anos noventa e até hoje não vimos ninguém, autarcas ou governantes, atacar o problema para proteger e defender a saúde pública.


Quanto à barragem de Fridão o PCTP/MRPP esclarece que a sua posição é contra o abuso e o mau aproveitamento dos recursos, não contra as barragens de uma forma geral. Há princípios e valores que o Partido preza e defende e dos quais não abdica como são a segurança das populações, a saúde pública e a qualidade de vida.

A barragem de Fridão fere e põe em causa todos estes princípios, por isso o nosso partido diz não à sua construção e o governo deve explicar porque toma esta decisão sabendo que há vinte anos o estudo de impacto ambiental inviabilizava a construção de barragens no rio Tâmega em virtude da sensibilidade à acção sísmica.


O PCTP/MRPP questiona o que acontecerá à cidade de Amarante em caso de acidente com a barragem de Fridão; lembra que ela vai ficar situada a 6 Km de Amarante com uma parede de 110 m de altura retendo as águas do rio.

Porque o rio Tâmega para montante de Amarante já apresenta um grau considerável de poluição perguntamos que saúde e que qualidade de vida vão ter as populações ribeirinhas como, por exemplo, Mondim de Basto que vai ficar quase cercado de água.

Será que não basta o exemplo do efeito da poluição na albufeira do Torrão, mas que não cerca nem coloca as populações com esse grau de risco?


O PCTP/MRPP lembra que sobre o assunto exigiu em Outubro do ano passado a realização de debates para esclarecimento das populações dos problemas e das consequências com que se vão confrontar.

O resultado foi que só o presidente da junta de freguesia de Fridão e o deputado da assembleia municipal de Amarante, Dr. José Queirós, ousaram tomar posição pública contra a barragem.

O poder autárquico na região de Basto simplesmente ignorou e silenciou o assunto e, em Amarante, o autarca Armindo Abreu impõe na assembleia municipal o seu comportamento insultuoso e agressivo sempre que alguém se atreve a levar o assunto à assembleia que foi o que aconteceu com o deputado Dr. José Queirós e com o porta-voz da COAGRET Pedro Couteiro.

Quanto aos partidos do sistema continuam em silêncio com a excepção do Bloco de Esquerda que faz jogo duplo: na assembleia municipal presta vassalagem ao autarca Armindo Abreu e para enganar o povo vai colocando uns painéis sempre que o nosso partido toma posição.


O PCTP/MRPP denuncia que foram estas políticas que provocaram os problemas e os flagelos com que hoje se confronta a região do Tâmega como, por exemplo, a pobreza extrema e a depressão reconhecida em estudos insuspeitos que a apontam como a região mais pobre da Europa.

O PCTP/MRPP informa os órgãos da comunicação social da realização de um debate subordinado ao tema “a construção barragem do Fridão, que consequências e que futuro para as populações do vale do Tâmega” para o próximo dia 30, às 21 horas, na sala da Casa da Cultura em Mondim de Basto.

Mondim de Basto, 23 de Agosto de 2008

A Org. Reg. do Norte do PCTP/MRPP


in
Luta Popular no Vale do Tâmega - 27 de Agosto de 2008

domingo, 24 de agosto de 2008

PNBEPH - TÂMEGA: Vale do Tâmega: Barragem de Fridão ameaça segurança e saúde pública, diz PCTP/MRPP






PNBEPH - TÂMEGA
Vale do Tâmega: Barragem de Fridão ameaça segurança e saúde pública, diz PCTP/MRPP

 O PCTP/MRPP alerta para o já elevado nível de poluição do Tâmega FERNANDO VELUDO (ARQUIVO)

O PCTP/MRPP considerou hoje que o futuro aproveitamento hidroeléctrico do Fridão, incluído no Programa Nacional de Barragens, ameaça a segurança e a saúde pública no Vale do Tâmega.

O partido "diz não à barragem de Fridão porque estão em causa a segurança, a saúde pública e a qualidade de vida das populações do vale", escreve o PCTP/MRPP, em comunicado enviado à agência Lusa.

No documento, a estrutura partidária "questiona o que acontecerá à cidade de Amarante em caso de acidente com a barragem" e lembra que o aproveitamento hidroeléctrico vai ficar situado a seis quilómetros de Amarante, "com uma parede de 110 metros de altura, retendo as águas do rio".

Alerta ainda para os riscos de um "desastre ambiental em larga escala".

"Porque o rio Tâmega para montante de Amarante já apresenta um grau considerável de poluição, perguntamos que saúde e que qualidade de vida vão ter as populações ribeirinhas?", questiona o partido.
"Será que não basta o exemplo do efeito da poluição na albufeira do Torrão, mas que não cerca nem coloca as populações com esse grau de risco?", pergunta também.
Em Abril deste ano, o especialista em estudos de impacte ambiental Rui Cortes disse que a cidade de Amarante corre o risco de sofrer um desastre ambiental, se a barragem de Fridão for transformada em aproveitamento reversível, ficando emparedada entre dois açudes e duas barragens.

O especialista, docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD, explicou que esse risco decorre da elevada poluição do rio Tâmega. O Governo aprovou no início de Dezembro do ano passado o Programa Nacional de Barragens, que contempla a construção de 10 novas centrais hidroeléctricas, incluindo duas no Rio Tâmega: a do Fridão e a de Gouvães.
Lusa, in Público - 24 de Agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Não à Barragem de Fridão! - Zé Ventura

Rio Tâmega - BARRAGEM DE FRIDÃO
Não à Barragem de Fridão!

Eu confesso que não faço ideia se a rapaziada do Bloco de Esquerda tem razão no seu protesto, mas que eu achei graça ao cartaz que encontrei numa rotunda de Amarante, lá isso achei.

Zé Ventura, in Águas Mornas - 14 de Agosto de 2008

sábado, 9 de agosto de 2008

RIO TÂMEGA - AMARANTE: RECOLHA DE SUBSCRITORES DA PETIÇÃO «SALVAR O TÂMEGA E A VIDA NO OLO»









RIO TÂMEGA - AMARANTE
RECOLHA DE SUBSCRITORES DA PETIÇÃO «SALVAR O TÂMEGA E A VIDA NO OLO»

Amarante - Valdemar de Abreu | Alfredo Gonçalves | José Emanuel Queirós 

Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega - 9 de Agosto de 2008

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Novas barragens disputadas pelos principais escritórios














Concursos lançados e por lançar juntam gigantes da energia e da advocacia
Novas barragens disputadas pelos principais escritórios



Gonçalo Venâncio, in Diário Económico - 06 de Agosto de 2008

sábado, 2 de agosto de 2008

Rompimento de barragem

Rompimento de barragem

A construção de uma barragem num rio envolve sempre o risco de colapso, mesmo que a mesma tenha sido construída com o melhor conhecimento técnico. Este risco pode ser minimizado quando existe um programa preventivo de segurança de barragem, mas nunca eliminado. 

A chance de rompimento é pequena, da ordem 1 para 1 milhão para bons projetos (um pouco inferior ao risco de queda de um avião), mas não é nulo. Este risco aumenta quando procedimentos preventivos não são rotineiros e varia com o tipo de barragem, altura, características do vertedor, entre outros.

Três processos são fundamentais na análise do rompimento de uma barragem: (a) formação da brecha (no tempo) e o hidrograma correspondente para jusante; (b) propagação do escoamento pelo vale de inundação e estimativa dos impactos; e (c) a onda negativa para montante e seu efeito (geralmente pequeno).

Sobre os impactos a jusante no vale de inundação deve-se estimar a velocidade e o nível do escoamento, a ação sobre a população e infra-estrutura e desenvolver um plano de zoneamento preventivo e um sistema de alerta para sua eventual ocorrência. 

O dimensionamento dos dispositivos de segurança como o vertedor deve considerar a análise de risco do rompimento e os padrões de dimensionamento devem ser rigorosos quando envolvem riscos a vidas humanas.

As principais causas de rompimentos de barragens baseados em estatísticas mundiais são: 34% devido a falta de capacidade dos vertedores; 30% devido a problemas de fundação e 28% devido a percolação do maciço. 

Foram estimados que 60% das quase 12 mil mortes que ocorreram em grandes eventos a nível mundial são resultados de apenas três eventos em países diferentes: Itália, Estados Unidos e Índia. Geralmente estes elementos são regulados por legislação e normas específicas. 

Nos Estados Unidos na década de 70 ocorreram vários eventos de rompimento como Tenton Dam em Idaho, o que motivou a regulação sobre o assunto. Atualmente todos os Estados americanos possuem regulação sobre o assunto. 

Na França isto também ocorreu depois de um grande evento da década de 60 e na Argentina, depois da privatização dos anos 90.

Infelizmente não existe no Brasil nenhuma regulação ou prevenção sobre o assunto. Muitas vezes este assunto é confundido com a segurança de barragem. 

O tema de segurança procura evitar o rompimento e a análise do rompimento procura mitigar os efeitos da efetiva ocorrência do colapso, planejando o operador para sua mitigação. Estima-se que um programa preventivo pode-se evitar pelo menos 30% das mortes.

Apesar do baixo risco de rompimento de uma barragem, a grande quantidade das mesmas mostra que a sua ocorrência não é trivial. 

Vários rompimentos ocorreram ao longo do tempo no Brasil. Um dos principais casos ocorreu no rio Pardo, São Paulo em 20/01/1977, quando a barragem da Usina Armando Salles de Oliveira rompeu, produzindo uma onda de cheia que rompeu a barragem de Euclides da Cunha. 

No último ano, com base no noticiário identificamos pelo menos seis rompimentos de barragem de pequeno porte.(4 em 2008). Estes dados podem estar incompletos, pois foram obtidos de uma rápida pesquisa na Internet. Estes eventos ocorreram em açudes e PCHs em pequenas bacias, onde existem dados precários e projeto de qualidade duvidosa.

O potencial impacto deveria fazer parte do termo de referência de um EIA Estudos de Impactos Ambientais, mas por falta de desconhecimento as entidades ambientais não exigem este estudo, apesar do risco e das implicações que envolvem.

Imagine-se como um operador de uma barragem que fica sabendo da meteotorologia que pode estar chegando o hidrograma de projeto ou superior. Você saberia quem evacuar? 

Quais os danos que seriam produzidos para prevenir, para bloquear estradas, retirar pessoas, etc, ou seja atitudes de um país civilizado. 

Será que estamos esperando um desastre de grandes proporções para termos uma regulação sobre o assunto? 

Já fazem pelo menos 15 que venho tentando alertar para o assunto em palestras e cursos. 

Esta é mais uma tentativa.

Carlos E. M. Tucci, in Blog do Tucci - 2 de Agosto de 2008

Rompimento de barragem





Rompimento de barragem

A construção de uma barragem num rio envolve sempre o risco de colapso, mesmo que a mesma tenha sido construída com o melhor conhecimento técnico. 

Este risco pode ser minimizado quando existe um programa preventivo de segurança de barragem, mas nunca eliminado. A chance de rompimento é pequena, da ordem 1 para 1 milhão para bons projetos (um pouco inferior ao risco de queda de um avião), mas não é nulo. Este risco aumenta quando procedimentos preventivos não são rotineiros e varia com o tipo de barragem, altura, características do vertedor, entre outros.

Três processos são fundamentais na análise do rompimento de uma barragem: (a) formação da brecha (no tempo) e o hidrograma correspondente para jusante; (b) propagação do escoamento pelo vale de inundação e estimativa dos impactos; e (c) a onda negativa para montante e seu efeito (geralmente pequeno).

Sobre os impactos a jusante no vale de inundação deve-se estimar a velocidade e o nível do escoamento, a ação sobre a população e infra-estrutura e desenvolver um plano de zoneamento preventivo e um sistema de alerta para sua eventual ocorrência. O dimensionamento dos dispositivos de segurança como o vertedor deve considerar a análise de risco do rompimento e os padrões de dimensionamento devem ser rigorosos quando envolvem riscos a vidas humanas. 

As principais causas de rompimentos de barragens baseados em estatísticas mundiais são: 34% devido a falta de capacidade dos vertedores; 30% devido a problemas de fundação e 28% devido a percolação do maciço. Foram estimados que 60% das quase 12 mil mortes que ocorreram em grandes eventos a nível mundial são resultados de apenas três eventos em países diferentes: Itália, Estados Unidos e Índia.Geralmente estes elementos são regulados por legislação e normas específicas. 

Nos Estados Unidos na década de 70 ocorreram vários eventos de rompimento como Tenton Dam em Idaho, o que motivou a regulação sobre o assunto. Atualmente todos os Estados americanos possuem regulação sobre o assunto. Na França isto também ocorreu depois de um grande evento da década de 60 e na Argentina, depois da privatização dos anos 90. 

Infelizmente não existe no Brasil nenhuma regulação ou prevenção sobre o assunto. Muitas vezes este assunto é confundido com a segurança de barragem. 

O tema de segurança procura evitar o rompimento e a análise do rompimento procura mitigar os efeitos da efetiva ocorrência do colapso, planejando o operador para sua mitigação. Estima-se que um programa preventivo pode-se evitar pelo menos 30% das mortes.

Apesar do baixo risco de rompimento de uma barragem, a grande quantidade das mesmas mostra que a sua ocorrência não é trivial. Vários rompimentos ocorreram ao longo do tempo no Brasil. Um dos principais casos ocorreu no rio Pardo, São Paulo em 20/01/1977, quando a barragem da Usina de Euclides da Cunha rompeu, produzindo uma onda de cheia que rompeu a barragem de Armando Sales de Oliveira. 

No último ano, com base no noticiário identificamos pelo menos seis rompimentos de barragem de pequeno porte.(4 em 2008). Estes dados podem estar incompletos, pois foram obtidos de uma rápida pesquisa na Internet. Estes eventos ocorreram em açudes e PCHs em pequenas bacias, onde existem dados precários e projeto de qualidade duvidosa.

O potencial impacto deveria fazer parte do termo de referência de um EIA Estudos de Impactos Ambientais, mas por falta de desconhecimento as entidades ambientais não exigem este estudo, apesar do risco e das implicações que envolvem.

Imagine-se como um operador de uma barragem que fica sabendo da meteotorologia que pode estar chegando o hidrograma de projeto ou superior. Você saberia quem evacuar? Quais os danos que seriam produzidos para prevenir, para bloquear estradas, retirar pessoas, etc, ou seja atitudes de um país civilizado. 

Será que estamos esperando um desastre de grandes proporções para termos uma regulação sobre o assunto? 

Já fazem pelo menos 15 que venho tentanto alertar para o assunto em palestras e cursos. esta é mais uma tentativa.

Carlos E. M. Tucci (engenheiro civil, PhD), in RHAMA - 2 de Agosto de 2008