domingo, 7 de fevereiro de 2016

PNBEPH - RIO TÂMEGA: Ambientalistas pedem suspensão das barragens do Tâmega e Fridão









PNBEPH - RIO TÂMEGA
AMBIENTALISTAS PEDEM SUSPENSÃO DAS BARRAGENS DO TÂMEGA E FRIDÃO

Quercus e GEOTA pedem que Governo ponha ambiente acima dos interesses económicos.


Os ambientalistas querem que o Governo de António Costa suspenda a construção das barragens do Tâmega e Fridão por considerarem ser um “dos maiores crimes” cometidos em Portugal contra o ambiente.

Representantes das associações ambientalistas Quercus e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) esperam que o Governo demonstre o seu interesse pela conservação da natureza e a coloque acima dos interesses económicos por classificarem as barragens como um “escândalo financeiro de magnitude equivalente ao BES e BPN”.

O Governo vai reavaliar as unidades do Plano Nacional de Barragens de elevado potencial hidroeléctrico que ainda não começaram a ser construídas, do Tâmega e Fridão, refere a proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).

“O Plano Nacional de Barragens é o maior crime cometido em Portugal contra o ambiente e foi feito por um Governo do PS, portanto, este Governo PS tem agora a oportunidade de se redimir e emendar a mão”, disse à Lusa o presidente da Quercus, João Branco.

O dirigente frisou que esta “reavaliação” das barragens só foi introduzida no programa de Governo pelos partidos que o suportam porque a vontade do PS era a sua continuação.

“O que nós queremos é que o Governo PS cancele, de uma vez por todas, a construção das barragens e dê importância ao assunto da conservação ambiental, mas temos muitas dúvidas de que isso vá acontecer”, realçou.

João Branco lembrou que as barragens vão prejudicar a qualidade de água, ameaçar a conservação e reprodução de determinadas espécies, inundar terrenos agrícolas, afetar o desenvolvimento socioeconómico das regiões ou o turismo de natureza.

A Quercus pediu já uma audiência a todos os grupos parlamentares para debater esta questão.

Para o coordenador do grupo de trabalho da reforma fiscal da GEOTA, João Joanaz de Melo, o plano de barragens é “completamente disparatado” não só em termos ambientais, mas em termos económicos.

“Estes negócios são ruinosos, não têm qualquer hipótese de ser rentáveis, portanto, os sucessivos governos não estão só a mentir aos portuguese, mas aos próprios acionistas das empresas”, disse.

João Joanaz de Melo, além de alertar para a mudança do clima, o património inundado ou a deterioração da qualidade da água, algo que vai prejudicar as populações, sustentou que isto é “um escândalo financeiro de magnitude equivalente ao BPN ou BES”.

E vincou: “estes negócios não são para servir o interesse público, mas o interesse de algumas grandes empresas”.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), que inclui as barragens de Gouvães, Alto Tâmega e Daivões, foi concessionado à espanhola Iberdrola e representa um investimento de 1.200 milhões de euros, que vai criar 3.500 diretos e cerca de 10.000 indiretos.

Este empreendimento hidroeléctrico vai ter uma potência total instalada de 1158 megawatts e produzir 1766 gigawatts por hora.

A Barragem de Fridão, no rio Tâmega, concessionada à EDP, integra desde 2008 o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH), num investimento estimado de 304 milhões de euros.

in Público - 7 de Fevereiro de 2016

PNBEPH - TÂMEGA: Ambientalistas pedem fim das barragens do Tâmega e Fridão






PNBEPH - TÂMEGA

Ambientalistas pedem fim das barragens do Tâmega e Fridão

Orçamento de Estado indica que Governo vai reavaliar Plano Nacional de Barragens

© ARQUIVO/GLOBALIMAGENS

Os ambientalistas querem que o Governo de António Costa suspenda a construção das barragens do Tâmega e Fridão por considerarem ser um "dos maiores crimes" cometidos em Portugal contra o ambiente.

Em declarações hoje à Lusa, representantes das associações ambientalistas Quercus e Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) esperam que o Governo demonstre o seu interesse pela conservação da natureza e a coloque acima dos interesses económicos por classificarem as barragens como um "escândalo financeiro de magnitude equivalente ao BES e BPN".

O Governo vai reavaliar as unidades do Plano Nacional de Barragens de elevado potencial hidroelétrico que ainda não começaram a ser construídas, do Tâmega e Fridão, refere a proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).

"O Plano Nacional de Barragens é o maior crime cometido em Portugal contra o ambiente e foi feito por um Governo do PS, portanto, este Governo PS tem agora a oportunidade de se redimir e emendar a mão", disse à Lusa o presidente da Quercus, João Branco.

O dirigente frisou que esta "reavaliação" das barragens só foi introduzida no programa de Governo pelos partidos que o suportam porque a vontade do PS era a sua continuação.

"O que nós queremos é que o Governo PS cancele, de uma vez por todas, a construção das barragens e dê importância ao assunto da conservação ambiental, mas temos muitas dúvidas de que isso vá acontecer", realçou.
João Branco lembrou que as barragens vão prejudicar a qualidade de água, ameaçar a conservação e reprodução de determinadas espécies, inundar terrenos agrícolas, afetar o desenvolvimento socioeconómico das regiões ou o turismo de natureza.
A Quercus pediu já uma audiência a todos os grupos parlamentares para debater esta questão.
Para o coordenador do grupo de trabalho da reforma fiscal da GEOTA, João Joanaz de Melo, o plano de barragens é "completamente disparatado" não só em termos ambientais, mas em termos económicos.
"Estes negócios são ruinosos, não têm qualquer hipótese de ser rentáveis, portanto, os sucessivos governos não estão só a mentir aos portugueses, mas aos próprios acionistas das empresas", disse.
João Joanaz de Melo, além de alertar para a mudança do clima, o património inundado ou a deterioração da qualidade da água, algo que vai prejudicar as populações, sustentou que isto é "um escândalo financeiro de magnitude equivalente ao BPN ou BES".
E vincou: "estes negócios não são para servir o interesse público, mas o interesse de algumas grandes empresas".
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), que inclui as barragens de Gouvães, Alto Tâmega e Daivões, foi concessionado à espanhola Iberdrola e representa um investimento de 1.200 milhões de euros, que vai criar 3.500 diretos e cerca de 10.000 indiretos.
Este empreendimento hidroelétrico vai ter uma potência total instalada de 1.158 megawatts e produzir 1.766 gigawatts por hora.
A Barragem de Fridão, no rio Tâmega, concessionada à EDP, integra desde 2008 o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), num investimento estimado de 304 milhões de euros.
Lusa, in Diário de Notícias - 7 de Fevereiro de 2016

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

ENERGIA - PNBEPH: Construir ou não mais barragens, eis a questão para o Governo







ENERGIA - PNBEPH
Construir ou não mais barragens, eis a questão para o Governo

O Executivo de António Costa compromete-se a "reanalisar as barragens cujas obras não se iniciaram". Do Plano Nacional de Barragens, restam cinco hídricas por construir.


Vai ser um ano para estudar o dossiê das barragens. O Governo compromete-se a reanalisar a construção das barragens que ainda não avançaram.
"O Plano Nacional de Barragens, de elevado potencial hidroelétrico, será objecto de reanálise", pode ler-se na proposta final do Orçamento do Estado para 2016, divulgada esta sexta-feira, 5 de Fevereiro.

O Executivo de António Costa garante assim que vai "reanalisar as barragens cujas obras não se iniciaram". No documento, são apontadas as barragens do "Tâmega e do Fridão".

A promessa de reavaliar as centrais hídricas vai de encontro ao compromisso assinado entre o PS e Os Verdes em Novembro. No documento, os socialistas e os ecologistas dão o exemplo das três barragens da cascata do Tâmega cuja construção ainda não avançou: Gouvães, Alto Tâmega/Vidago e Daivões. A construção e gestão destes projectos foi atribuída à espanhola Iberdrola.

Foi em 2007 que José Sócrates lançou o Plano Nacional de Barragens (PNB) que incluía inicialmente dez novas barragens. O objectivo seria atingir até 2020 uma capacidade hidroeléctrica superior a sete mil megawatts e em que as novas barragens assegurassem valores de potência instalada adicional na ordem dos dois mil megawatts.

Passados oito anos do lançamento do PNB, restam agora seis projectos dos 10 projectos iniciais. Dois dos projectos não conseguiram atrair investidores: Pinhosão no rio Vouga e Almourol no Rio Tejo. Já a barragem de Padroselos - nos rios Beça/Tâmega e a ser construída e explorada pela Iberdrola - foi chumbada em 2010 por questões ambientais.

Mais tarde, o projecto do Alvito em Castelo Branco, um investimento de 360 milhões de euros, foi suspenso pela EDP em Novembro de 2011.

Restam assim seis barragens do plano actual, mas, destes projectos, somente um já teve início, segundo uma análise do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) à execução do PNB. A construção da barragem de Foz Tua pela EDP teve início em 2011 e deverá estar concluída no segundo semestre de 2016.

Inicialmente, o plano deveria estar concluído em 2020, mas os restantes cinco projectos ainda não sairam do papel: três no rio Tâmega (Fridão, Daivões, Alto Tâmega); Mondego (Girabolhos-Bogueira) e Gouvães (Douro).

Em relação à barragem do Fridão, a EDP perdeu o direito aos incentivos do Estado ao investimento na construção da Barragem de Fridão, porque não cumpriu os prazos do processo de licenciamento.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

EDP - Polvo Frutacor - José Emanuel Queirós

EDP
Polvo frutacor



A partir do fornecimento de um serviço estratégico nacional que capturaram às câmaras municipais com o pretexto do interesse público, montaram um ninho de interesses todo-poderoso, capaz de subverter o interesse de todos num amplo e confortável negócio privado onde se abriga a mais perigosa horda de garimpeiros e corsários comissariados na política de trânsito pelas teias partidárias do arco-da-governação.
 
José Emanuel Queirós - 4 de Fevereiro de 2016
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega

Ler: influência política e económica é uma das principais mais-valias da EDP