terça-feira, 10 de novembro de 2015

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS: Ambientalistas intensificam luta contra as Barragens do Tâmega







ALTO TÂMEGA - BARRAGENS
Ambientalistas intensificam luta contra as Barragens do Tâmega


Construção das barragens vai penalizar clima, recursos naturais e paisagem”, diz Quercus

A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza vai intensificar, este mês, a luta contra a construção de barragens no Rio Tâmega, investimentos que vão provocar um impacto considerável a nível ambiental, submergindo terrenos agrícolas e casas, mas vai também criar emprego.

Ao todo, serão construídas quatro barragens ao longo do rio, três das quais na região do Alto Tâmega, incluindo a Barragem de Gouvães, na zona do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, e a do Tâmega, próximo de Pensalvos e Parada de Monteiros, que afetará os concelhos de Chaves, Ribeira de Pena, Boticas e Vila Pouca de Aguiar. As três barragens (Gouvães, Tâmega e Daivões) foram concessionadas pelo Estado à Iberdrola, sendo que a quarta (Fridão), próxima de Mondim de Basto, fica a cargo da EDP.

João Branco, dirigente da Quercus, falou em exclusivo ao “Notícias de Aguiar”, referindo que estes empreendimentos não só afastarão o investimento no turismo de natureza, como também terão um impacto considerável ao nível da fauna, flora e clima.

Notícia completa na edição nº 61, nas bancas

in Notícias de Aguiar - 10 de Novembro de 2015

PNBEPH - Socialistas e Verdes vão reavaliar plano nacional de barragens

 
PNBEPH - ENERGIA
SOCIALISTAS E VERDES VÃO REAVALIAR O PLANO NACIONAL DE BARRAGENS


Os socialistas e os ecologistas pretendem analisar centrais hídricas no rio Tâmega cuja construção ainda não avançou: Gouvães, Alto Tâmega/Vidago e Daivões, concessionadas à Iberdrola.
 
O partido Os Verdes e o PS acordaram em rever o plano de barragens na próxima legislatura. "Reavaliar o plano nacional de barragens, nomeadamente as barragens cujas obras ainda não iniciaram", pode-se ler no documento que foi firmado pelas duas formações políticas e divulgado esta terça-feira, 10 de Novembro.

Os socialistas e os ecologistas dão o exemplo das três barragens da cascata do Tâmega cuja construção ainda não avançou: Gouvães, Alto Tâmega/Vidago e Daivões. A construção e gestão destes projectos foi atribuída à espanhola
Iberdrola.

Segundo uma análise feita pelo Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) em Abril, estes projectos ainda não arrancaram. "Foi anunciado no fim do ano passado que em 2015 teriam início as obras das três barragens previstas para a bacia do rio Tâmega. Na verdade, visitas ao terreno demonstram que quase nada tem avançado",
declarou a GEOTA na sua análise.No projecto eleitoral do PS, apresentado em Maio, os socialistas comprometiam-se a concluir o Plano Nacional de Barragens lançado em 2007. Passados oito anos do lançamento do PNB, restam agora seis projectos dos 10 iniciais.

Dois dos projectos não conseguiram atrair investidores: Pinhosão no rio Vouga e Almourol no Rio Tejo. Já a barragem de Padroselos - nos rios Beça/Tâmega e a ser construída e explorada pela Iberdrola - foi chumbada em 2010 por questões ambientais. Destas seis barragens, apenas uma vai entrar em operação brevemente:
a de Foz-Tua, projecto que está a ser desenvolvido pela EDP.
 
André Cabrita-Mendes, in Jornal de Negócios - 10 de Novembro de 2015