RIO TÂMEGA
Não, poeta! O teu lugar é aqui na rua!
O Tâmega foi musa inspiradora de muitos poetas.
Sereno e transparente no Verão, irado e sombrio d'Inverno, nunca passou indiferente aos que o olhavam e sentiam …!
Alguém cantará o betão das barragens?
Ou o “bucolismo” das albufeiras?
“Sem esta terra funda e fundo rio,
Que ergue as asas e sobe, em claro voo,
Sem estes ermos montes e arvoredos,
Eu não era o que sou.”
(…)
O Tâmega foi musa inspiradora de muitos poetas.
Sereno e transparente no Verão, irado e sombrio d'Inverno, nunca passou indiferente aos que o olhavam e sentiam …!
Alguém cantará o betão das barragens?
Ou o “bucolismo” das albufeiras?
“Sem esta terra funda e fundo rio,
Que ergue as asas e sobe, em claro voo,
Sem estes ermos montes e arvoredos,
Eu não era o que sou.”
(…)
“Cantai-me as vossas cantigas
Junto ao rio a murmurar.
Mas, cuidado raparigas
Deixai-o também cantar”
Teixeira de Pascoaes
Ó Tâmega meu irmão, rio de agruras
Estrada a serpear entre salgueiros
(…)
Estrada a serpear entre salgueiros
(…)
Nunes Ferreira
Se o Tejo é o maior;
E o Douro o mais profundo
O Tâmega, sem favor
É o mais belo do mundo.
Mestre Zé Maravilha
És tu, rio verde
E doce e amigo
Que banhas as margens
Do meu sonho antigo
…
És tu que me dás
…
A fonte cantante
Dos versos que dou
António Brochado Rodrigues
Rio
No silêncio de pedra corre o vale
E só lhe quebra ao fundo a solidão
A voz de água do rio, levando os seixos
Como quem leva sonhos pela mão.
Ilídio Sardoeira
“… Agora vai o viajante entrando e Amarante, cidade que parece italiana ou espanhola, a ponte e as casas que na margem esquerda do Tâmega se debruçam…”
José Saramago
“Primeiro era o Rio que descia do nordeste serpenteando por ermos e vales desde as montanhas da Galícia, esculpindo enseadas e canelhos nas suas Ínsuas, autênticos paraísos escondidos em frondosos e verdejantes arvoredos”
Costa Neves
“Lanço meus olhos ao rio
Que vai correndo a cantar…”
Fernando Marques de Queirós
“… pelas fontes submersas, ignoradas,
Por estas águas queixosas, ressentidas, do Tâmega,
Viajeiras da Galiza e da neblina…”
Manuel Amaral
“… Neles deslizam furtivas carícias do Tâmega sobre seu leito…”
António Roberval Miketen
(…)
Ó rio Tâmega,
Deste amieiro enobrecido
Faremos barcas de amor
Para navegar nas tuas águas.
Xosé Lois Garcia
Canta, poeta! É chegada a tua hora!
Abandona a tua torre dourada,
Anda sentir o povo que chora.
Não faças mais versos à lua…
…
Não, poeta! O teu lugar é aqui na rua!
José Pinheiro Fonseca
Na rua e na luta!
Não à Barragem de Fridão.
Não à Barragem de Fridão.
António Aires, in Força Fridão - 21 de Março de 2010
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