Rio Tâmega (Amarante)
EU SOU O RIO...
Eu sou o ser que canta em pleno leito
E vos sussura as mensagens d'aventura,
Em mim vai um povo, meu eleito,
Nos caudais até ao mar da desventura.
Eu sou o ser lavado das nascentes,
Todo inteiro, como ordena a Natureza;
E o canto que broto das correntes,
Representa a Liberdade e a Pureza.
Eu sou o ser cantado por quem ama
E quem ama compreende a minha dor,
Por que é a dor a arder na própria chama,
Onde nasce e onde morre o mesmo amor.
Sou velhinho, de sangue sempre novo,
Num rejuvenescer muito ancestral;
Deixai-me ser livre, nobre povo,
Neste canto de Liberdade triunfal!
Aníbal Amílcar da Costa Rodrigues (Mestre Zé Maravilha), in Amarantinto - 12 de Março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
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