Mondim de Basto - Concentração “+Barragens? Não!”
Os Mondinenses manifestaram-se contra as barragens para o rio Tâmega
Os Mondinenses manifestaram-se contra as barragens para o rio Tâmega
No dia 28 de Março centenas de mondinenses manifestaram-se pela 1.ª vez contra as barragens de Fridão e do Alto-Tâmega (Vidago). Associaram também a este protesto os habitantes da Região de Basto, de Amarante e do Alto-Tâmega, cordão esse, que tem vindo a fortalecer cada vez mais, dado os problemas serem comuns. Incluiu também várias organizações ambientalistas, como a Quercus, Coagret e o Campo Aberto, como também alguns representantes das distritais de partidos políticos, PCP, BE e PCTP/MRPP.
A concentração teve como palco simbólico de partida, a ponte sobe o Rio Tâmega. De seguida, quase uma centena de pessoas deram início a marcha até ao centro da vila aonde estavam a espera mais de uma centena de pessoas.
Não obstante a esta concentração protestaram também dezenas de canoistas que se encontravam na vila a participar num convívio realizado pelo clube local, manifestando assim o seu protesto com um verdadeiro BUZINÃO.
Na Praça da Via Cova teve lugar as intervenções dos oradores convidados, Dr. Emanuel Queirós, Dr. Amílcar Salgado, Eng.º Viana Oliveira e Eng.º João Branco, que abordaram os vários factores críticos das especialidades do Estudo de Impacte Ambiental - EIA, nomeadamente o clima, a qualidade da água, segurança, as expropriações, a sócio-economia entre outras situações que mereceram o seus reparos.
O Presidente da Junta de Freguesia de Mondim de Basto na sua intervenção de abertura informou os presentes as razões que levaram o Executivo da freguesia a deliberar o seu posicionamento contra a Barragem de Fridão.
Das várias participações nas apresentações e discussões do EIA da EDP realizadas em Amarante, Mondim de Basto e no Porto, não foram suficientemente esclarecedoras e convincentes, pecando sobretudo, pela falta de respostas nas solicitações mais pertinentes.
Associado a estas questões, junta-se a Linha de muita Alta Tensão que está definido passar no concelho de Mondim de Basto nomeadamente no Monte Farinha (Sr.ª da Graça), que irá ser mais uma intrusão e incómodo na vida das pessoas e irá também desfigurar a imagem da nossa paisagem.
A confirmação desta tomada de posição, vem a ser justificada quando se tem conhecimento do EIA da IBERDROLA das barragens a montante de Fridão, aonde revelam que os factores negativos serão o nevoeiro, a neblina, o risco elevado de poluição acidental, a má qualidade das águas (eutrofização), as oscilações dos níveis da água, o risco de um deslizamento da encosta, que provocará uma onda que com a sua passagem, produzirá elevados prejuízos em termos de potencial perdas de vidas humanas e destruição de casas.
De entre as de maior risco, destacam-se as localidades ribeirinhas de Mondim de Basto e Amarante. Como o rio e o vale são os mesmos, não restam dúvidas que a EDP tentou omitir os pontos negativos e que a IBERDROLA vem de seguida revelar as consequências negativas.
A finalizar o presidente da Junta citou um dos pareceres dos factores críticos que a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte - CCDR.Norte enviou em 2007 ao Instituto da Água – INAG informando o seguinte: “Relativamente aos critérios do Factor Critério - Desenvolvimento Humano – julga-se que está por provar que a construção de uma barragem faça aumentar o nível de educação das populações locais, ou o seu poder de compra, ou que ajude a combater a pobreza e o analfabetismo, e muito menos a esperança de vida das populações. Não foi isso que aconteceu no passado e portanto não haverá motivos para concluir que se irá verificar nos novos empreendimentos. O concelho de Montalegre, é o concelho de Portugal com o maior número de grandes albufeiras e nem por isso deixou de figurar nos piores lugares do ranking de desenvolvimento das populações locais”.
Conclui-se assim, que perante esta afirmação de uma entidade credível, não restam dúvidas que estes empreendimentos não serão um factor de desenvolvimento para o concelho de Mondim de Basto.
O presidente da Junta de Freguesia aproveitou o momento para expor a sua opinião, afirmando que o concelho tem um potencial turístico enorme e único, basta haver da autarquia capacidade e vontade em desenvolver uma estratégia sustentada deste potencial desprezado até à data.
Reconhece que Mondim de Basto necessita de melhores vias, no entanto, não é necessário trocar uma barragem por uma estrada (Via do Tâmega), quando esta mesma estrada é um direito que assiste aos mondinenses no compromisso do Governo, há mais de 20 anos, pelo encerramento da Linha ferroviária do Tâmega e não como uma contrapartida.
Lembrou ainda, que Celorico de Basto lutou pela Via do Tâmega sem contrapartidas e recentemente o Município de Cabeceiras foi brindado com uma ligação do Arco de Baúlhe até Cabeceiras sem haver uma barragem como moeda de troca.
O Presidente da Junta agradeceu a presença de todos os presentes e colaboradores, e ficou na expectativa de que esta concentração tenha sido proveitosa para as pessoas como contributo na formação de uma opinião sensata e coerente da realidade deste projecto que poderá comprometer o futuro de Mondim de Basto.
O Executivo da Freguesia de Mondim de Basto, in Freguesia Mondim de Basto - 30 de Março de 2010
A concentração teve como palco simbólico de partida, a ponte sobe o Rio Tâmega. De seguida, quase uma centena de pessoas deram início a marcha até ao centro da vila aonde estavam a espera mais de uma centena de pessoas.
Não obstante a esta concentração protestaram também dezenas de canoistas que se encontravam na vila a participar num convívio realizado pelo clube local, manifestando assim o seu protesto com um verdadeiro BUZINÃO.
Na Praça da Via Cova teve lugar as intervenções dos oradores convidados, Dr. Emanuel Queirós, Dr. Amílcar Salgado, Eng.º Viana Oliveira e Eng.º João Branco, que abordaram os vários factores críticos das especialidades do Estudo de Impacte Ambiental - EIA, nomeadamente o clima, a qualidade da água, segurança, as expropriações, a sócio-economia entre outras situações que mereceram o seus reparos.
O Presidente da Junta de Freguesia de Mondim de Basto na sua intervenção de abertura informou os presentes as razões que levaram o Executivo da freguesia a deliberar o seu posicionamento contra a Barragem de Fridão.
Das várias participações nas apresentações e discussões do EIA da EDP realizadas em Amarante, Mondim de Basto e no Porto, não foram suficientemente esclarecedoras e convincentes, pecando sobretudo, pela falta de respostas nas solicitações mais pertinentes.
Associado a estas questões, junta-se a Linha de muita Alta Tensão que está definido passar no concelho de Mondim de Basto nomeadamente no Monte Farinha (Sr.ª da Graça), que irá ser mais uma intrusão e incómodo na vida das pessoas e irá também desfigurar a imagem da nossa paisagem.
A confirmação desta tomada de posição, vem a ser justificada quando se tem conhecimento do EIA da IBERDROLA das barragens a montante de Fridão, aonde revelam que os factores negativos serão o nevoeiro, a neblina, o risco elevado de poluição acidental, a má qualidade das águas (eutrofização), as oscilações dos níveis da água, o risco de um deslizamento da encosta, que provocará uma onda que com a sua passagem, produzirá elevados prejuízos em termos de potencial perdas de vidas humanas e destruição de casas.
De entre as de maior risco, destacam-se as localidades ribeirinhas de Mondim de Basto e Amarante. Como o rio e o vale são os mesmos, não restam dúvidas que a EDP tentou omitir os pontos negativos e que a IBERDROLA vem de seguida revelar as consequências negativas.
A finalizar o presidente da Junta citou um dos pareceres dos factores críticos que a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte - CCDR.Norte enviou em 2007 ao Instituto da Água – INAG informando o seguinte: “Relativamente aos critérios do Factor Critério - Desenvolvimento Humano – julga-se que está por provar que a construção de uma barragem faça aumentar o nível de educação das populações locais, ou o seu poder de compra, ou que ajude a combater a pobreza e o analfabetismo, e muito menos a esperança de vida das populações. Não foi isso que aconteceu no passado e portanto não haverá motivos para concluir que se irá verificar nos novos empreendimentos. O concelho de Montalegre, é o concelho de Portugal com o maior número de grandes albufeiras e nem por isso deixou de figurar nos piores lugares do ranking de desenvolvimento das populações locais”.
Conclui-se assim, que perante esta afirmação de uma entidade credível, não restam dúvidas que estes empreendimentos não serão um factor de desenvolvimento para o concelho de Mondim de Basto.
O presidente da Junta de Freguesia aproveitou o momento para expor a sua opinião, afirmando que o concelho tem um potencial turístico enorme e único, basta haver da autarquia capacidade e vontade em desenvolver uma estratégia sustentada deste potencial desprezado até à data.
Reconhece que Mondim de Basto necessita de melhores vias, no entanto, não é necessário trocar uma barragem por uma estrada (Via do Tâmega), quando esta mesma estrada é um direito que assiste aos mondinenses no compromisso do Governo, há mais de 20 anos, pelo encerramento da Linha ferroviária do Tâmega e não como uma contrapartida.
Lembrou ainda, que Celorico de Basto lutou pela Via do Tâmega sem contrapartidas e recentemente o Município de Cabeceiras foi brindado com uma ligação do Arco de Baúlhe até Cabeceiras sem haver uma barragem como moeda de troca.
O Presidente da Junta agradeceu a presença de todos os presentes e colaboradores, e ficou na expectativa de que esta concentração tenha sido proveitosa para as pessoas como contributo na formação de uma opinião sensata e coerente da realidade deste projecto que poderá comprometer o futuro de Mondim de Basto.
O Executivo da Freguesia de Mondim de Basto, in Freguesia Mondim de Basto - 30 de Março de 2010
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