segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Barragem de Fridão (Amarante) - GEOTA diz que aproveitamento hidroelétrico terá impactes negativos irreversíveis”
A barragem “apresenta impactes negativos muito significativos, com verdadeira relevância nacional e um efeito avassalador à escala regional, como é reconhecido no próprio Estudo de Impacte Ambiental”, pode ler-se no parecer.
A organização ambientalista GEOTA considera num parecer enviado à Agência Portuguesa de Ambiente que a barragem de Fridão, no rio Tâmega, apresenta “impactes negativos muito significativos e irreversíveis”.
A barragem “apresenta impactes negativos muito significativos, com verdadeira relevância nacional e um efeito avassalador à escala regional, como é reconhecido no próprio Estudo de Impacte Ambiental”, pode ler-se no parecer.
A posição desta organização acontece no dia em que termina o período de consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental da barragem de Fridão, no rio Tâmega.
A barragem de Fridão é uma das 10 que constam do Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial hidroelétrico.
Segundo o GEOTA, o empreendimento hidroelétrico de Fridão “coloca em risco inaceitável e desnecessário a cidade de Amarante e destrói de forma irreversível um vale de rara beleza, em colisão frontal com as estratégias de desenvolvimento sustentável defendidas pelas populações e pelas autoridades locais”.
Acrescenta que os impactes positivos são “verdadeiramente marginais” - menos de um por cento de benefício em qualquer indicador - e “poderiam ser cumpridos com vantagem por alternativas mais baratas e de menor impacte, designadamente estratégias de gestão da procura de energia”.
“Estamos perante um caso evidente de insustentabilidade, nas vertentes social, ecológica e económica”, considera a associação ambientalista.
Também hoje, os três municípios da região de Basto anunciaram que vão exigir da EDP uma compensação permanente de 2,5 por cento da faturação da barragem de Fridão, no rio Tâmega.
Os três concelhos apresentaram em Braga um pacote de sete exigências e medidas compensatórias pelos “fortes prejuízos locais”, sem as quais – garantem os respetivos autarcas – opor-se-ão à construção da barragem de Fridão.
A Câmara de Amarante aprovou dia 8 por unanimidade um moção em que se opõe à barragem, invocando os fortes impactes negativos que terá no concelho.
APM/Lusa, in Tâmega online, Expresso de Felgueiras, SIC - 15 de Fevereiro de 2010
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