Programa Nacional de Barragens: Alto Tâmega
Munícipes querem reunir com ministra do Ambiente
A Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT) vai solicitar uma audiência à ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce Pássaro, para lhe apresentar os impactos negativos que a construção das quatro barragens vai provocar na região.
“Na nossa região as barragens não trazem desenvolvimento turístico nenhum, além do mais deixam terrenos agrícolas submersos, provocam alterações climáticas e são factor de desertificação é só impactos negativos”, afirmou o presidente da AMAT, Fernando Rodrigues.
Apesar de reconhecer que a construção da “cascata” do Alto Tâmega seria uma riqueza para o país e, sobretudo, num sector em que o país é deficitário, para além de trazer vantagens para a economia e finanças públicas, ficando Portugal menos dependente do estrangeiro, a verdade é “que todos os concelhos serão afectados pelas barragens, é um investimento que deixa marcas terríveis nas populações locais, por isso, tem de haver contrapartidas justas para quem sofre estas penalizações”, refere o presidente da AMAT.
A construção deste complexo hidroeléctrico (Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões) integra-se no Programa Nacional de Barragens lançado pelo Governo em finais de 2007, adjudicada à empresa espanhola Iberdrola, representa não um investimento de 1700 milhões de euros.
A Iberdrola pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das quatro barragens durante 65 anos.
Segundo Fernando Rodrigues, é injusto que o Governo tenha lançado o concurso e tenha arrecado ha volta de 300 milhões de euros pela concessão e que os municípios não recebam qualquer contrapartida por esta riqueza dada ao país. “A AMAT quer expressar o desagrado por esta medida e dizer-lhe que haverá oposição dos municípios se o Governo não aceitar encontrar soluções que sejam justas para os concelhos”, afiançou o autarca.
“Não temos uma posição marcada contra as barragens, mas sabemos que as barragens só têm servido para desertificar, enriquecer a EDP e criar situações de injustiça em regiões desfavorecidas”, termina Fernando Rodrigues.
Munícipes querem reunir com ministra do Ambiente
A Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT) vai solicitar uma audiência à ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce Pássaro, para lhe apresentar os impactos negativos que a construção das quatro barragens vai provocar na região.
“Na nossa região as barragens não trazem desenvolvimento turístico nenhum, além do mais deixam terrenos agrícolas submersos, provocam alterações climáticas e são factor de desertificação é só impactos negativos”, afirmou o presidente da AMAT, Fernando Rodrigues.
Apesar de reconhecer que a construção da “cascata” do Alto Tâmega seria uma riqueza para o país e, sobretudo, num sector em que o país é deficitário, para além de trazer vantagens para a economia e finanças públicas, ficando Portugal menos dependente do estrangeiro, a verdade é “que todos os concelhos serão afectados pelas barragens, é um investimento que deixa marcas terríveis nas populações locais, por isso, tem de haver contrapartidas justas para quem sofre estas penalizações”, refere o presidente da AMAT.
A construção deste complexo hidroeléctrico (Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões) integra-se no Programa Nacional de Barragens lançado pelo Governo em finais de 2007, adjudicada à empresa espanhola Iberdrola, representa não um investimento de 1700 milhões de euros.
A Iberdrola pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das quatro barragens durante 65 anos.
Segundo Fernando Rodrigues, é injusto que o Governo tenha lançado o concurso e tenha arrecado ha volta de 300 milhões de euros pela concessão e que os municípios não recebam qualquer contrapartida por esta riqueza dada ao país. “A AMAT quer expressar o desagrado por esta medida e dizer-lhe que haverá oposição dos municípios se o Governo não aceitar encontrar soluções que sejam justas para os concelhos”, afiançou o autarca.
“Não temos uma posição marcada contra as barragens, mas sabemos que as barragens só têm servido para desertificar, enriquecer a EDP e criar situações de injustiça em regiões desfavorecidas”, termina Fernando Rodrigues.
Vila Pouca de Aguiar será a região mais afectada
O concelho de Vila Pouca de Aguiar será o mais prejudicado pela construção do empreendimento Hidroeléctrico do Alto Tâmega, já que vai ser atingido pela albufeira de três das quatro barragens previstas, prevendo-se mesmo a inundação completa dos terrenos agrícolas de duas povoações.
Através do Estudo de Impacte Ambiental, em fase de consulta pública até 14 de Abril, é já possível constatar que o principal problema se prende com a zona do Alvão e o cenário de poder criar um projecto alternativo ao de Padroselos, dada a descoberta de uma espécie de mexilhões raros, aumentando a potência prevista para a barragem de Gouvães, vem agravar ainda mais a situação.
“Os beneficios decorrentes da construção das barragens terão que ser claramente superiores aos malefícios”, afirmou o presidente de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias.
Segundo o edil, este empreendimento vai trazer problemas complicados para o concelho, nomeadamente, a nível da “contaminação da água, inundação de solos agrícolas, alterações climáticas”, frisando ainda que esta barragem vai ser construída em plena Rede Natura 2000, abrangendo um dos principais habitats do lobo ibérico.
Suraia Ferreira, in A Voz de Chaves - 26 de Fevereiro de 2010
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