sábado, 20 de fevereiro de 2010

Terras de Basto - Barragem de Fridão: Câmaras de Basto ameaçam Governo com manifestações contra barragem





Terras de Basto - Barragem de Fridão
Câmaras de Basto ameaçam Governo com manifestações contra barragem

As Câmaras Municipais de Cabeceiras, Celorico e Mondim dirigiram no passado dia 15 de Fevereiro, uma espécie de ultimato ao Governo e à EDP. Ou a região de Basto é contemplada com um vasto pacote de medidas compensatórias pelos inúmeros prejuízos que vão resultar da construção da Barragem do Fridão, ou as autarquias acompanhar as manifestações de rua, que os populares entenderem realizar.

Além da conclusão da Variante do Tâmega entre Celorico e Arco, numa extensão de 9 Kms, com ligação a Mondim, as autarquias exigem uma participação nos lucros da produção energética da futura Barragem, na ordem dos 2,5%.
A construção de um pista para velocípedes na antiga linha férrea do Vale do Tâmega é também um objectivo das Câmaras.

“O vira que vira e torna a virar”
Surpreendente e curiosa é a posição do autarca cabeceirense Joaquim Barreto, principalmente depois da Câmara a que preside ter promovido, no âmbito “das políticas de futuro tão importantes para Cabeceiras”, alguns debates com altos responsáveis pela EDP e Iberdrola, as empresas que vão construir e explorar as Barragens no Tâmega. 


Diz quem participou nesses debates, que Joaquim Barreto apareceu como defensor das Barragens, qualificadas pelos dignos representantes das empresas “como trazendo prosperidade e desenvolvimento às terras deprimidas de Basto”. 

Recorde-se que um alto administrador da EDP fez recentemente a manchete do sempre isento e independente Ecos de Basto, próximo do actual poder camarário cabeceirense, tranquilizando as populações contra os efeitos nefastos da futura barragem e sobrevalorizando as oportunidades de “el dorado” do desenvolvimento e emprego seguro.

Meses depois, Joaquim Barreto, reconhece que haverão inúmeros prejuízos se as Barragens avançarem e que por isso há necessidade de obter contrapartidas para o concelho e região. 


Até que enfim senhor Presidente! Saudamos a evolução na opinião do autarca, pois andamos a dizer isso há meses. Afinal, parece que o nosso rio tem alguma importância. Será esta uma postura oportunista e contraditória? 

Responda quem souber.

in O Basto, N.º 62, Ano VI (p. 3) - 20 de Fevereiro de 2010

Sem comentários: