sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ambiente - Críticas à campanha sobre as barragens: Verdes dão o prémio de «mentira do ano» à EDP
Ambiente - Críticas à campanha sobre as barragens
Verdes dão o prémio de «mentira do ano» à EDP
O Partido Ecologista Os Verdes «premiou» esta quinta-feira a EDP pela «mentira do ano» com a campanha «Viva a Energia», que o partido acusa de «esconder e branquear os numerosos impactes negativos das barragens».
No Dia da Mentira e no Ano Internacional da Biodiversidade, em frente da sede da EDP, em Lisboa, cerca de duas dezenas de elementos do PEV cantaram a «Canção da Mentira da EDP», com música de uma canção tradicional portuguesa. No final, entregaram na EDP o «galardão» «Planeta de Pechisbeque».
Em causa está a campanha «Viva Energia», que Os Verdes acusam de ocultar os impactes económicos, sociais, patrimoniais e ambientais negativos das barragens, nomeadamente os impactes sobre a biodiversidade.
«As novas barragens que o Governo pretende autorizar, entre as quais a barragem do Tua e a do Fridão, da responsabilidade da EDP, têm ainda outros impactes gravíssimos», realçava o texto entregue a quem passava no Marquês de Pombal, à porta da sede da empresa.
Como exemplo, Os Verdes referem a submersão da «centenária e valiosíssima linha do Tua, obra-prima da engenharia portuguesa, único meio de transporte para as populações do Vale do Tua e única ligação com a rede ferroviária nacional do distrito de Bragança».
Quanto às barragens no Tâmega, Manuela Cunha, da direcção nacional do PEV, disse que «destruirão a qualidade da água e a vida no rio, além de destruírem muitos hectares de vinha, de propriedades agrícolas e de centenas de habitações que vão ficar submersas».
Por isso, Os Verdes dizem «não» a estas barragens e defendem outras soluções, como «o reforço da potência das barragens que já existem e a implementação de medidas que promovam a eficiência e poupança energética».
«Em Portugal, o desperdício energético atinge perto de 40 por cento da energia eléctrica produzida», sublinham.
Os Verdes criticam ainda a campanha «pelas avultadas verbas gastas, que foram pagas pela factura das famílias portuguesas».
CP, in TVI24 - 1 de Abril de 2010
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