Barragens do Tâmega - Pareceres Negativos
Terminou ontem a discussão pública do EIA – Estudo de Impacte Ambiental, relativo à construção das barragens do Tâmega e, embora o Jornal de Notícias ainda antes de terminar o prazo de entrega de pareceres tivesse afirmado que a construção de barragens não teve grande contestação, a realidade é bem diferente, e aos poucos, para além da posição de contestação às barragens desde sempre manifestada pelo Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, também todas as Juntas de freguesia ribeirinhas do Tâmega (com barragens projectadas), como os Municípios do Alto Tâmega, foram mostrando o seu descontentamento e a sua posição, se não de todo contra as barragens, inequivocamente manifestaram-se contra a cota 322 que a IBERDROLA quer atingir, em vez da cota 312 que foi a cota de concurso. Em termos de cota são mais 10m de altura que serão arrasadores em termos ambientais, agrícolas, sociais e malefícios que hipotecam para todo o sempre o Rio Tâmega e as suas margens. Em suma, a contestação não é só contra a construção das barragens, mas também contra a cota desastrosa a que a IBERDROLA quer fazer subir as águas.
Pois a testemunhar que houve contestação, além daquela que tem sido pública e manifestada pelos municípios do Alto-Tâmega, por Amarante, pelas petições que recolheram milhares de assinaturas, ficam dois pareceres enviados ontem à APA – Agência Portuguesa do Ambiente.
O primeiro parecer é do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, no qual também constam pareceres negativos das Juntas de freguesia de Anelhe, Arcossó, Vilarinho das Paranheiras e Vilela do Tâmega e a posição da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes enviada ao Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte».
O segundo parecer é da Junta de Freguesia de Mondim de Basto.
Fernando Ribeiro, in Olhares Sobre a Cidade (Chaves) - 15 de Abril de 2010
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