Alto Tâmega - Presidente da AMAT aponta falhas graves ao estudo de impacto ambiental
Fernando Rodrigues vai bater-se pela não construção de barragens
Fernando Rodrigues vai bater-se pela não construção de barragens
Terminou na passada quarta-feira o período de discussão pública do estudo de impacto ambiental da "cascata" do Alto Tâmega. O presidente da Associação de Municípios do Alto Tâmega (AMAT), Fernando Rodrigues, aponta o dedo às falhas do documento.
O presidente da AMAT afirma que "[O estudo] não fala nas linhas de energia que vão percorrer 93km na região, não fala nos impactos no clima, não fala nas alterações orográficas, das alterações dos habitats, na fauna piscícola, das aves, do lobo e da toupeira”. O responsável diz que a abordagem feita “não é credível” e acrescenta que a qualidade da água não foi analisada “tendo em conta o efeito do efeito cascata das barragens”. “Nós apresentamos provas de que a água ficará imprópria para consumo”, assegura.
Caso não haja medidas de combate aos problemas ambientais, a associação promete bater-se contra as construções. Ao mesmo tempo, o presidente da AMAT exige contrapartidas monetárias para a região. Fernando Rodrigues considera inaceitável que o Estado receba 320 milhões de euros pela concessão dos empreendimentos e que nenhuma verba seja atribuída às zonas onde as barragens vão ser instaladas. “Não é tolerável que o Governo receba 320 milhões de euros à cabeça pela concessão da barragens e que essas venham contribuir só para trazer impactos negativos e problemas sociais para a Região. O presidente da AMAT afirma que se vai bater “para que as barragens, tal como estão projectadas, não sejam construídas” e para que “se corrijam os erros deste estudo de impacto ambiental e para que se cumpra a lei, em que as barragens devem constribuir para o desenvolvimento económico das regiões”. Fernando Rodrigues exige ao Governo “que se faça justiça e que aceite que a solideriedade funcione” de forma recíproca entre o Governo e a Região.
A associação de municípios do alto Tâmega pretende, pelo menos, 2,5 por cento da facturação energética da empresa concessionária Iberdrola. Em causa estarão três e não quatro construções, como inicialmente previsto no plano nacional de barragens: Alto Tâmega, em Vidago, Daivões e Gouvães. A barragem de Padroselos não deverá receber luz verde devido à existência de uma espécie protegida de mexilhão.
in Rádio Bragança - 16 de Abril de 2010
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