Alto Tâmega - IBERDROLA
Construção de Barragens sem grande contestação
Termina hoje o período de discussão pública dos Estudos de Impacto Ambiental das barragens no Tâmega. Apesar da contestação, anteontem, à Agência Portuguesa do Ambiente só tinham chegado "dois a três" pareceres. A APA diz que é "normal".
"É sempre assim, as pessoas deixam para o último dia. É normal", disse, ao JN, anteontem à tarde, em Vila Pouca de Aguiar, Rita Cardoso, da APA, no final da primeira de duas sessões públicas de esclarecimento excepcionais sobre o projecto. A segunda teve lugar, ontem, em Boticas. Inicialmente, estava apenas prevista a sessão que teve lugar em Vila Real. No entanto, considerando que o local era "longe de mais" das populações envolvidas, autarcas do Alto Tâmega solicitaram à ministra do Ambiente reuniões mais próximas das populações. Mas o reforço dos esclarecimentos está longe de acalmar as dúvidas que os projectos têm levantado. Antes como depois das explicações da empresa que ganhou o concurso para a construção das barragens (a espanhola Iberdrola), como da empresa responsável pelos EIA, um dos flavienses que encabeça um movimento contra a não construção das albufeiras mantinha a posição. Amílcar Salgado, economista e vitivinicultor numa zona que poderá vir a ser afectada pela construção de uma das quatro barragens para o Tâmega, acredita que as barragens vão levar os melhores terrenos agrícolas, aumentar o nevoeiro, diminuir a qualidade da água... Resumindo: "Empobrecer as populações". A Iberdrola contesta a posição. "A experiência diz-nos que as barragens criam emprego, criam riqueza", defende o director do projecto, Alejandro Román Arroyo, acreditando que será possível chegar a um "consenso entre populações, Iberdrola e Governo". Os autarcas querem, sobretudo, contrapartidas pelos prejuízos. "As barragens têm que contribuir para o desenvolvimento, não para o empobrecimento", alega o presidente da Câmara de Vila Pouca, Domingos Dias.
As quatro barragens previstas prevêem um investimento de 1,7 milhões de euros e a criação de 3500 postos de trabalho. O EIA aponta para a não construção de uma delas por causa de uma colónia de mexilhões.
"É sempre assim, as pessoas deixam para o último dia. É normal", disse, ao JN, anteontem à tarde, em Vila Pouca de Aguiar, Rita Cardoso, da APA, no final da primeira de duas sessões públicas de esclarecimento excepcionais sobre o projecto. A segunda teve lugar, ontem, em Boticas. Inicialmente, estava apenas prevista a sessão que teve lugar em Vila Real. No entanto, considerando que o local era "longe de mais" das populações envolvidas, autarcas do Alto Tâmega solicitaram à ministra do Ambiente reuniões mais próximas das populações. Mas o reforço dos esclarecimentos está longe de acalmar as dúvidas que os projectos têm levantado. Antes como depois das explicações da empresa que ganhou o concurso para a construção das barragens (a espanhola Iberdrola), como da empresa responsável pelos EIA, um dos flavienses que encabeça um movimento contra a não construção das albufeiras mantinha a posição. Amílcar Salgado, economista e vitivinicultor numa zona que poderá vir a ser afectada pela construção de uma das quatro barragens para o Tâmega, acredita que as barragens vão levar os melhores terrenos agrícolas, aumentar o nevoeiro, diminuir a qualidade da água... Resumindo: "Empobrecer as populações". A Iberdrola contesta a posição. "A experiência diz-nos que as barragens criam emprego, criam riqueza", defende o director do projecto, Alejandro Román Arroyo, acreditando que será possível chegar a um "consenso entre populações, Iberdrola e Governo". Os autarcas querem, sobretudo, contrapartidas pelos prejuízos. "As barragens têm que contribuir para o desenvolvimento, não para o empobrecimento", alega o presidente da Câmara de Vila Pouca, Domingos Dias.
As quatro barragens previstas prevêem um investimento de 1,7 milhões de euros e a criação de 3500 postos de trabalho. O EIA aponta para a não construção de uma delas por causa de uma colónia de mexilhões.
M.L., in Jornal de Notícias, N.º 317, Ano 122 (p. 29) - 14 de Abril de 2010
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