Mondim de Basto - Barragens no Tâmega
Pena de morte!
Um vale a destruir, um rio a transformar num lago eutrófico, biodiversidade a diminuir, Monumentos Nacionais, de interesse nacional e de interesse concelhio a mingar, clima a mudar, peixes, dos nossos, para a morte lenta, invasão de peixes exóticos, pontes, terrenos agrícolas, casas, a afogar, investimentos públicos (recentes) de milhares de euros por inaugurar,... para o boneco!, saúde pública a ponderar, sociedade para mudar, cultura: corpo e alma, a alterar.
Investimento público, que não é público, porque vai ser feito por privados que já pagaram ao Estado (por adiantamento) mil milhões de euros pela “cadeira eléctrica” – condenação de Mondim.
Um mal nunca vem só. Há mal maior:
Postes de muita alta-tensão para atravessar o concelho: 85% do território a afectar!
(destes, até o Obélix teria medo!)
Anda Paulo Gonzo, anda para aqui cantar: “vai,... trata e guarda, o que é nosso afinal,..”.
Se quiseres, com palco em cima de um poste de muita alta-tensão.
O espelho nunca mente, diz a lei e dizemos nós: Tâmega – “ecossistema a preservar e a recuperar”.
Sr.ª da Graça a caminho acelerado da (des)graça total.
Esburacada até à medula, com feridas ainda a tempo de se curarem, eis que beleza lhe propõem dar: postes no Monte Farinha a enfeitar!
Uma linha de alta-tensão na cabeça do cidadão (de Mondim): prendas, mais prendas, desenvolvimento, pois então!
Turismo, que turismo?
Vantagens, que vantagens?
Estradas que já deviam ter sido feitas por outras razões (o fecho da Linha do Tâmega)?
Pontes, que pontes?... se afogam as que existem, no mínimo, terão que fazer outras, certo?
Parias fluviais, que praias fluviais?... se destroem as existentes, que são “naturais”, que raio de praias se podem fazer à borda de um lago que por similitude, em termos de ecossistema, encontra paralelo no Torrão?
Desenvolvimento, dizem eles: o Governo e os grandes construtores.
À nossa custa, dizemos nós!
A sentença, como “prémio” pelo bom comportamento, está dada: Mondim para a “cadeira eléctrica”.
Água com fartura, parada e pestilenta, pelo chão; cabos de (muito) alta-tensão, a coroar a cabeça de cada cidadão.
Alfredo Pinto Coelho (eng.º Agrícola / lic. Gestão Agrária) - 1 de Março de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Mondim de Basto)
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1 comentário:
Meu grande amigo Pinto Coelho, parabéns pelo que acaba de escrever...lindo lindo!
Pena é que se trate de drama. "Pena de Morte" só envergonha quem tem alma grande! Nnunca os "umbigueiros"... aqueles que tudo venderão, em troca de um raiozinho de sol que julgam ser só seu. Desses pobres... nunca rezará a História.
Bem haja. Um abraço.
Zé Manel Moura.
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