«Inquinar» o vale e o rio Tâmega num só acto, veja como
No passado dia 27 de Janeiro discutiu-se na Assembleia da República o Programa Nacional de Barragens (PNBEPH).
Sobre a proposta dos "Verdes" (que consistia em suspender imediatamente este malogrado programa) e sobre a proposta do Bloco de Esquerda (excluir do programa as enormidades de Tua e Fridão), o pacto de regime (assistido na aprovação do Orçamento de Estado para 2010) verificou-se nesta matéria: PS, PSD e CDS-PP rejeitaram a "negação" a este programa nacional. Como bons democratas aludiram o superior interesse de Portugal, e a outros subterfúgios de terceira, para anuir a esta barbárie ambiental a que se chama PNBEPH. Contrariaram-se ao recusar a suspensão deste programa e anuíram a um projecto que se centra no interesse superior de alguns à custa, e repito, à custa do interesse de todos os cidadãos de Portugal.
Neste pesadelo democrático assistimos a performances curiosas. Reparámos-nos com uma bancada do CDS-PP a anunciar a forma mercenária e atabalhoada como este governo dirigiu o programa (vendendo as barragens, antes dos estudos de impactes ambientais) mas, no concreto, na altura de votar a sua suspensão renegaram-na.
A bancada do Partido Socialista, qual extensão do governo, tudo fez para realçar os benefícios deste programa (esquecendo-se, com propósito, que os benefícios só podem ser suficientemente justificados com apresentação dos seus contras). De notar, a falta do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, a esta sessão. Seria interessante confrontar Francisco Assis com os malefícios destas barragens. Estando ele, outrora, contra a construção de barragens no Tâmega, certamente teria dado uma triste actuação ao negar hoje o que outrora afirmara. Suponho.
Em conclusão: eu pouco acreditava (há sempre uma réstia de esperança, triste sina humana) que a Assembleia da República ouvisse e escutasse com a atenção devida o problema das barragens no Tâmega e no país.
À excepção do partido "Os Verdes" (actuação e trabalho meritório) e o Bloco de Esquerda (curiosamente, são sempre os pequenos a ouvir as vozes dos calados), todos os outros comportaram-se com nos têm acusticamente habituado: reféns dos seus e de mais uns poucos (mas fortes) interesses. Nada de especial, é o sistema estúpido.
Marco Gomes, in Remisso - 31 de Janeiro de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Cabeceiras de Basto)
Sobre a proposta dos "Verdes" (que consistia em suspender imediatamente este malogrado programa) e sobre a proposta do Bloco de Esquerda (excluir do programa as enormidades de Tua e Fridão), o pacto de regime (assistido na aprovação do Orçamento de Estado para 2010) verificou-se nesta matéria: PS, PSD e CDS-PP rejeitaram a "negação" a este programa nacional. Como bons democratas aludiram o superior interesse de Portugal, e a outros subterfúgios de terceira, para anuir a esta barbárie ambiental a que se chama PNBEPH. Contrariaram-se ao recusar a suspensão deste programa e anuíram a um projecto que se centra no interesse superior de alguns à custa, e repito, à custa do interesse de todos os cidadãos de Portugal.
Neste pesadelo democrático assistimos a performances curiosas. Reparámos-nos com uma bancada do CDS-PP a anunciar a forma mercenária e atabalhoada como este governo dirigiu o programa (vendendo as barragens, antes dos estudos de impactes ambientais) mas, no concreto, na altura de votar a sua suspensão renegaram-na.
A bancada do Partido Socialista, qual extensão do governo, tudo fez para realçar os benefícios deste programa (esquecendo-se, com propósito, que os benefícios só podem ser suficientemente justificados com apresentação dos seus contras). De notar, a falta do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, a esta sessão. Seria interessante confrontar Francisco Assis com os malefícios destas barragens. Estando ele, outrora, contra a construção de barragens no Tâmega, certamente teria dado uma triste actuação ao negar hoje o que outrora afirmara. Suponho.
Em conclusão: eu pouco acreditava (há sempre uma réstia de esperança, triste sina humana) que a Assembleia da República ouvisse e escutasse com a atenção devida o problema das barragens no Tâmega e no país.
À excepção do partido "Os Verdes" (actuação e trabalho meritório) e o Bloco de Esquerda (curiosamente, são sempre os pequenos a ouvir as vozes dos calados), todos os outros comportaram-se com nos têm acusticamente habituado: reféns dos seus e de mais uns poucos (mas fortes) interesses. Nada de especial, é o sistema estúpido.
Marco Gomes, in Remisso - 31 de Janeiro de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Cabeceiras de Basto)