Programa Nacional de Barragens - AMARANTE:
Presidente do INAG garante que barragem de Fridão respeitará normativos ambientais e de segurança
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Nesta iniciativa, a autarquia pretendia esclarecer os impactes ambientais decorrentes da barragem de Fridão, no rio Tâmega, uma das 10 que consta do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico
Amarante, 28 Jan (Lusa) - O presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, garantiu hoje, em Amarante, que a construção da barragem de Fridão não colidirá com qualquer normativo ambiental ou de segurança.
“Nós não vamos desrespeitar as directivas comunitárias”, enfatizou Orlando Borges, quando era confrontado com críticas de personalidades que participaram num debate organizado pela Câmara de Amarante.
Nesta iniciativa, a autarquia pretendia esclarecer os impactes ambientais decorrentes da barragem de Fridão, no rio Tâmega, uma das 10 que consta do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico.
A construção desta infra-estrutura, cujo estudo de impacte ambiental se encontra em fase de consulta pública até 15 de Fevereiro, tem sido contestada por um movimento de cidadãos de Amarante.
Orlando Borges admitiu que a barragem terá “impactes ambientais fortíssimos em variadíssimas áreas”, mas considerou “enormes” as vantagens energéticas e ambientais inerentes à construção daquela infra-estrutura.
O presidente do INAG lembrou que a energia produzida pelas 10 barragens previstas no PNBEPH vai permitir ao país deixar de importar do exterior três mil milhões de barris de petróleo por ano. Disse também que a produção de energia deste conjunto de barragens permite poupar ao país, por ano, 600 mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera.
Segundo afirmou, o plano permitirá a Portugal chegar pelo menos aos 80 por cento de aproveitamento do potencial hídrico, que neste momento se situa nos 46 por cento.
A possibilidade de construção da barragem é motivo de grande discussão na cidade, havendo um grupo de cidadãos que se organizou no sentido de alertar para o que considera serem os impactes negativos ambientais desta infra-estrutura.
Várias personalidades, de diferentes áreas sociais e políticas, apontam como inevitável a perda de qualidade da água e a destruição de fauna e flora do Vale do Tâmega em plena Reserva Ecológica Nacional.
“Vão dar cabo da nossa identidade”, afirmou um dos populares que se opõe à barragem.
Ainda do lado dos populares, ouviram-se queixas a alegadas tentativas da EDP para aquisição de terrenos nas áreas potencialmente alagáveis quando não está tomada ainda a decisão de construção da barragem.
O movimento também contesta a demasiada proximidade da barragem à cidade de Amarante - cerca de quatro quilómetros - e o perigo que implicaria em caso de acidente.
No debate de hoje, o presidente da Câmara, Armindo Abreu, apelou aos amarantinos no sentido de se informarem para que no período de consulta pública possam livremente tomar a sua posição sobre o projecto.
A câmara convidou para o debate Rodrigo Maia, da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), especialista em hidráulica. O docente afirmou que a barragem não trará alterações sensíveis nos caudais médios anuais.
Rui Boaventura, também da FEUP, mas especialista em engenharia química, admitiu que a barragem possa trazer problemas de eutrofização da água e estratificação térmica do caudal do rio.
Segundo a EDP, a Barragem de Fridão, a segunda maior do PNBEPH, atrás de Foz-Tua, terá 100 metros de altura e uma albufeira com 35 quilómetros de extensão, afectando território dos concelhos de Amarante, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto.
A albufeira principal, com capacidade para 193 hectómetros cúbicos, terá uma potência instalada de 163 MW, produzindo 299 GW por ano.
O complexo prevê ainda a construção de um segundo muro, a cerca de 4,2 quilómetros a jusante do primeiro, com 30 metros de altura.
APM/Lusa, in Tâmega online - 28 de Janeiro de 2010
Amarante, 28 Jan (Lusa) - O presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, garantiu hoje, em Amarante, que a construção da barragem de Fridão não colidirá com qualquer normativo ambiental ou de segurança.
“Nós não vamos desrespeitar as directivas comunitárias”, enfatizou Orlando Borges, quando era confrontado com críticas de personalidades que participaram num debate organizado pela Câmara de Amarante.
Nesta iniciativa, a autarquia pretendia esclarecer os impactes ambientais decorrentes da barragem de Fridão, no rio Tâmega, uma das 10 que consta do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico.
A construção desta infra-estrutura, cujo estudo de impacte ambiental se encontra em fase de consulta pública até 15 de Fevereiro, tem sido contestada por um movimento de cidadãos de Amarante.
Orlando Borges admitiu que a barragem terá “impactes ambientais fortíssimos em variadíssimas áreas”, mas considerou “enormes” as vantagens energéticas e ambientais inerentes à construção daquela infra-estrutura.
O presidente do INAG lembrou que a energia produzida pelas 10 barragens previstas no PNBEPH vai permitir ao país deixar de importar do exterior três mil milhões de barris de petróleo por ano. Disse também que a produção de energia deste conjunto de barragens permite poupar ao país, por ano, 600 mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera.
Segundo afirmou, o plano permitirá a Portugal chegar pelo menos aos 80 por cento de aproveitamento do potencial hídrico, que neste momento se situa nos 46 por cento.
A possibilidade de construção da barragem é motivo de grande discussão na cidade, havendo um grupo de cidadãos que se organizou no sentido de alertar para o que considera serem os impactes negativos ambientais desta infra-estrutura.
Várias personalidades, de diferentes áreas sociais e políticas, apontam como inevitável a perda de qualidade da água e a destruição de fauna e flora do Vale do Tâmega em plena Reserva Ecológica Nacional.
“Vão dar cabo da nossa identidade”, afirmou um dos populares que se opõe à barragem.
Ainda do lado dos populares, ouviram-se queixas a alegadas tentativas da EDP para aquisição de terrenos nas áreas potencialmente alagáveis quando não está tomada ainda a decisão de construção da barragem.
O movimento também contesta a demasiada proximidade da barragem à cidade de Amarante - cerca de quatro quilómetros - e o perigo que implicaria em caso de acidente.
No debate de hoje, o presidente da Câmara, Armindo Abreu, apelou aos amarantinos no sentido de se informarem para que no período de consulta pública possam livremente tomar a sua posição sobre o projecto.
A câmara convidou para o debate Rodrigo Maia, da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP), especialista em hidráulica. O docente afirmou que a barragem não trará alterações sensíveis nos caudais médios anuais.
Rui Boaventura, também da FEUP, mas especialista em engenharia química, admitiu que a barragem possa trazer problemas de eutrofização da água e estratificação térmica do caudal do rio.
Segundo a EDP, a Barragem de Fridão, a segunda maior do PNBEPH, atrás de Foz-Tua, terá 100 metros de altura e uma albufeira com 35 quilómetros de extensão, afectando território dos concelhos de Amarante, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Cabeceiras de Basto.
A albufeira principal, com capacidade para 193 hectómetros cúbicos, terá uma potência instalada de 163 MW, produzindo 299 GW por ano.
O complexo prevê ainda a construção de um segundo muro, a cerca de 4,2 quilómetros a jusante do primeiro, com 30 metros de altura.
APM/Lusa, in Tâmega online - 28 de Janeiro de 2010
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