quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tâmega - Barragem de Fridão: Ministra do Ambiente classifica albufeiras de barragens inexistentes

Tâmega - Barragem de Fridão
Ministra do Ambiente classifica albufeiras de barragens inexistentes
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A Senhora Pássaro (dos Prazeres) - para quem o Tâmega (água e rio) deve ser mais um cartucho na câmara cega de arma decisória apontada à região - a quem por bons ofícios à bandeira o PS retribuiu no (des)Governo com lugar cimeiro no Ministério do (mau) Ambiente, sem razão ajustada nem fundamento sustentável e com falta de jeito provado no Parlamento para a judiaria de defender o indefensável das barragens sobre os patrimónios da civilização e do Ambiente - "há muitas moradas na Casa do Pai" - com o adiantamento de pelo menos 4 anos sobre uma suposta existência de albufeira por represamento do rio Tâmega na Barragem de Fridão - construção que ainda nem sequer está licenciada! - já classificou a pretensa dita (que não existe!), e que poderá nunca passar de um espectro fantasmático a pairar no número 51 da Rua de «O Século» se os cidadãos fizerem com que a Lei seja cumprida!

Quando há em Portugal «albufeiras de águas públicas de serviço público» constituídas e ainda por classificar, neste acto governativo é flagrante uma desusada aceleração legislativa capaz de criar um facto virtual com grosso recorte energético que o nosso povo muito bem traduz na expressão de «pôr o carro à frente dos bois».


Depois de ouvida a Autoridade Nacional da Água, o excesso perigoso da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, prossegue manifesto na página 2603 da 1.ª série do Diário da República N.º 135 de 14 de Julho, e tem uma nova dimensão: o de considerar e classificar uma futura segunda albufeira em Fridão como «albufeira de águas públicas de utilização condicionada», que supostamente seria criada por uma hipotética segunda grande barragem hidroeléctrica designada de «barragem de jusante», e que tanto não fez parte da grande falácia nacional que dá pelo nome de PNBEPH - «Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico», levado a consulta pública em Outubro de 2007, como não constou do concurso público internacional e da concessão atribuída em 2008 à famosa EDP, S.A..

O descabelado diploma em que o desplante do acto da governante socialista toma assentamento foi publicado hoje mesmo!, e a partir de amanhã (15/07) as inexistentes albufeiras passam a usufruir das classificações de «protegida» e «condicionada», o que, por outro lado, constitui uma excelente confirmação de que as propostas com que a EDP andou a seduzir as autarquias de Basto, estendendo-lhes a toalha em praias impossíveis e criando fluvinas com embarcações de brincar para embalar
desacertos monocórdicos impertinentes, serão impraticáveis nas espectrais albufeiras de Fridão.


Goram-se, assim, nomeadamente para os mais inocentes prozeirões, as perspectivas de valorização exponencial de terras marginais para quaisquer outras actividades ou fins de cariz turístico com que já se 'afiambravam' e os fazia adeptos da pura implosão líquida do Tâmega (água - rio - território - ecossistemas - paisagem - património - actividades - segurança).

José Emanuel Queirós - 14 de Julho de 2010
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante)

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