terça-feira, 22 de junho de 2010

Iberdrola analisa chumbo da barragem de Padroselos




Alto Tâmega - Cortina de fumo
Iberdrola analisa chumbo da barragem de Padroselos

A Iberdrola, empresa responsável pela construção da Cascata do Alto Tâmega, está a analisar a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que chumbou uma das quatro barragens previstas, por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas.

A Iberdrola, empresa responsável pela construção da Cascata do Alto Tâmega, está a analisar a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que chumbou uma das quatro barragens previstas, por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas.

Fonte da empresa referiu à Lusa que a Iberdrola está a analisar "detalhadamente" o documento, emitido segunda-feira pelo Ministério do Ambiente, para depois se pronunciar sobre o mesmo.

O Ministério chumbou a construção da barragem de Padroselos por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas.

O mexilhão-de-rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal.

O chumbo desta barragem já era esperado e era um cenário alternativo que estava incluído no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) dos Aproveitamentos Hidroeléctricos de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões.

Esta espécie rara foi descoberta no rio Beça precisamente no decorrer do processo de elaboração do EIA.

A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.

O empreendimento deverá ter um total de 1.135 megawatts (MW) de potência e uma produção eléctrica anual de 1.900 gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas, e representa um investimento de 1700 milhões de euros.


Lusa, in negócios online - 22 de Junho de 2010

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