Empresa espanhola está a analisar Declaração de Impacte Ambiental
Iberdrola quer contestar chumbo de barragem de Padroselos
A Iberdrola, empresa responsável pela construção da Cascata do Alto Tâmega, está a analisar a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que chumbou uma das quatro barragens previstas e promete reacções para breve, disse fonte da empresa à Lusa.
A fonte referiu que a Iberdrola está a analisar «detalhadamente» o documento, emitido segunda-feira pelo Ministério do Ambiente, para depois se pronunciar sobre o mesmo.
O Ministério chumbou a construção da barragem de Padroselos por causa do mexilhão de rio do Norte, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas.
O mexilhão-de-rio do norte, Margaritifera margaritifera, é uma espécie rara protegida pela legislação nacional e europeia e que, em 1986, chegou a ser dada como extinta em Portugal.
O chumbo desta barragem já era esperado e era um cenário alternativo que estava incluído no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) dos Aproveitamentos Hidroeléctricos de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões.
Esta espécie rara foi descoberta no rio Beça precisamente no decorrer do processo de elaboração do EIA.
A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.
O empreendimento deverá ter um total de 1.135 megawatts (MW) de potência e uma produção eléctrica anual de 1,9 mil gigawatts/hora (GWh), equivalente ao consumo de um milhão de pessoas, e representa um investimento de 1,7 mil milhões de euros.
Redacção / MD, in Agência Financeira - 22 de Junho de 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário