Chumbo do Ministério
Mexilhão trava uma das quatro barragens do Alto Tâmega
A espécie de mexilhão de rio do norte está protegida por legislação nacional
e europeia depois de ter chegado a ser dada como extinta em Portugal há 24 anos
e europeia depois de ter chegado a ser dada como extinta em Portugal há 24 anos
Especialistas vinham defendendo que era "praticamente impossível" conciliar a sobrevivência do mexilhão ‘margaritifera margaritifera' com o funcionamento da barragem de Padroselos.
De acordo com fonte oficial do Ministério do Ambiente, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) das quatro barragens foi assinada esta segunda-feira e, além de cancelar a construção da barragem de Padroselos, condiciona as outras três barragens - "sem comprometer a produção hidroelétrica anual" - sendo imposto o uso das cotas mais baixas propostas no Estudo de Impacte Ambiental (EIA).
Com a concessão da exploração das barragens aos espanhóis decidida para 65 anos, a Declaração de Impacte Ambiental aponta várias medidas de compensação sócio-económicas e ambientais para a região.
Espécie rara julgada extinta em 1986
A espécie de mexilhão de rio do Norte está protegida por legislação nacional e europeia depois de ter chegado a ser dada como extinta em Portugal há 24 anos, em 1986.
Já se sabia da existência da ‘margaritifera margaritifera' nos rios Rabaçal, Tuela e Mente (na parte ocidental do Parque Natural de Montesinho) e no Paiva, Neiva e Cavado. Agora, com este novo estudo (EIA), passou a saber-se que o mexilhão de rio existe também no Rio Beça.
De acordo com os especialistas, a construção da barragem de Padroselos levaria à eliminação da colónia do Beça, pelo que o EIA sugere esse "cenário alternativo do projecto" da cascata do Alto Tâmega, apenas com as restantes três barragens.
in RTP - 22 de Junho de 2010
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