Energia
Ministério do Ambiente chumba barragem de Padroselos
» Ricardo Marques, da Quercus, diz que o Ministério do Ambiente não tinha alternativa senão chumbar o projecto de barragem para Padroselos
.....» Ricardo Marques alerta para os impactos da construção das outras três barragens
O Ministério do Ambiente chumbou a barragem de Padroselos por causa do mexilhão, uma espécie rara descoberta no rio Beça, em Boticas, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério.
Uma das quatro barragens previstas para a “Cascata do Alto Tâmega” - Padroselos, Daivões, Gouvães e Alto Tâmega (Vidago) - foi chumbada pelo Ministério do Ambiente.
A declaração de impacto ambiental, divulgada pelo gabinete de Dulce Pássaro reconhece ainda que as outras três hidroeléctricas também têm impactos significativos e, por isso, limita a altura dos paredões que vão reter a água e criar as albufeiras. Na prática, foi apenas autorizada a cota mais baixa dos projectos.
O estudo de impacto ambiental para a barragem de Padroselos, que detectou a existência de um mexilhão raro, alertou para a ameaça que constituiria para a espécie, protegida na Europa, a construção da nova barragem.
Ricardo Marques, da associação ambientalista Quercus, notou que o Ministério do Ambiente não tinha grande alternativa senão chumbar o projecto de barragem para Padronelos. «Era muito difícil contornar o prejuízo que isso ia causar a uma espécie protegida», por isso era de esperar esta decisão do Executivo, disse.
Em relação às restantes três barragens previstas para o Alto Tâmega e que o Governo autorizou, a Quercus entende que não deviam sair do papel.
Apesar de serem menos agressivas, as três barragens têm impactos negativos no ecosistema e socio-económicos, alerta a Quercus.
Ricardo Marques frisou que os «benefícios da pouca percentagem de energia eléctrica que conseguimos aumentar na rede» com as barragens não justificam os efeitos negativos, já que implicam a interrupção de um «corredor ecológico».
in TSF - 22 de Junho de 2010
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