Nacional
PEV pede suspensão do Plano de Barragens
Partido Ecologista "Os Verdes" considera que documento possui "erros de cálculo incompreensíveis".
Numa declaração política na Assembleia da República, a deputada do PEV Heloísa Apolónia citou um "relatório da Comissão Europeia (CE) que delapida completamente o Plano Nacional de Barragens" e que o Governo "conhecia desde Junho mas guardou em segredo".
"Segundo o relatório, o estudo de avaliação estratégica do Plano Nacional de Barragens omitiu a avaliação de questões determinantes. Portugal não conseguirá atingir as metas relativas à qualidade da água, a que está comprometido até 2015", apontou.
"O PEV apresentará a brevíssimo prazo no Parlamento uma iniciativa legislativa que propõe a suspensão imediata do erro que constituiu a aprovação do Programa Nacional de Barragens", anunciou Heloísa Apolónia.
A deputada assinalou que para garantir a qualidade dos recursos hídricos do Douro, a electroprodução das 14 barragens existentes naquele rio "teria de ser reduzida a um terço".
Desta forma, o Programa Nacional de Barragens já só representaria "nos moldes propostos três por cento da produção eléctrica nacional", acrescentou.
Apolónia disse ainda "ter a certeza" que se "os verdadeiros interesses nacionais fossem públicos e não privados" a barragem do Tua não seria construída, "como outras" que integram o plano nacional.
Do lado do PS, o deputado Jorge Seguro contrapôs, referindo que o estudo foi "encomendado pelos serviços da CE a uma empresa belga que também tem alguns técnicos espanhóis" e que em questões de ambiente a bancada do PS teve na anterior legislatura "uma atitude muito conscienciosa".
Jorge Seguro afirmou que o Governo "não autorizou a construção de barragens onde os privados pretendiam", referindo que se os estudos fossem contrários a barragem do Tua "não seria construída".
O deputado do CDS-PP João Almeida assinalou que o Governo "foi alertado sucessivamente para os erros" em relação às barragens, mas considerou que "a suspensão pura e simples deste plano pode levar a outro ciclo de tempo sem que nada se decida".
Já Rita Calvário, do BE, disse que o estudo citado pelo PEV "confirma tudo aquilo que vários movimentos públicos e partidos têm vindo a dizer".
in Jornal de Notícias - 11 de Novembro de 2009
PEV pede suspensão do Plano de Barragens
Partido Ecologista "Os Verdes" considera que documento possui "erros de cálculo incompreensíveis".
Numa declaração política na Assembleia da República, a deputada do PEV Heloísa Apolónia citou um "relatório da Comissão Europeia (CE) que delapida completamente o Plano Nacional de Barragens" e que o Governo "conhecia desde Junho mas guardou em segredo".
"Segundo o relatório, o estudo de avaliação estratégica do Plano Nacional de Barragens omitiu a avaliação de questões determinantes. Portugal não conseguirá atingir as metas relativas à qualidade da água, a que está comprometido até 2015", apontou.
"O PEV apresentará a brevíssimo prazo no Parlamento uma iniciativa legislativa que propõe a suspensão imediata do erro que constituiu a aprovação do Programa Nacional de Barragens", anunciou Heloísa Apolónia.
A deputada assinalou que para garantir a qualidade dos recursos hídricos do Douro, a electroprodução das 14 barragens existentes naquele rio "teria de ser reduzida a um terço".
Desta forma, o Programa Nacional de Barragens já só representaria "nos moldes propostos três por cento da produção eléctrica nacional", acrescentou.
Apolónia disse ainda "ter a certeza" que se "os verdadeiros interesses nacionais fossem públicos e não privados" a barragem do Tua não seria construída, "como outras" que integram o plano nacional.
Do lado do PS, o deputado Jorge Seguro contrapôs, referindo que o estudo foi "encomendado pelos serviços da CE a uma empresa belga que também tem alguns técnicos espanhóis" e que em questões de ambiente a bancada do PS teve na anterior legislatura "uma atitude muito conscienciosa".
Jorge Seguro afirmou que o Governo "não autorizou a construção de barragens onde os privados pretendiam", referindo que se os estudos fossem contrários a barragem do Tua "não seria construída".
O deputado do CDS-PP João Almeida assinalou que o Governo "foi alertado sucessivamente para os erros" em relação às barragens, mas considerou que "a suspensão pura e simples deste plano pode levar a outro ciclo de tempo sem que nada se decida".
Já Rita Calvário, do BE, disse que o estudo citado pelo PEV "confirma tudo aquilo que vários movimentos públicos e partidos têm vindo a dizer".
in Jornal de Notícias - 11 de Novembro de 2009
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