terça-feira, 15 de setembro de 2009

Baixo Tâmega: Quercus quer investigação do Ministério Público sobre degradação do Tâmega








Baixo Tâmega
Quercus quer investigação do Ministério Público sobre degradação do Tâmega


Na Barragem do Torrão acumula-se todo o tipo de poluição proveniente das águas residuais urbanas e industriais 

A associação ambientalista Quercus pediu hoje a "pronta intervenção e investigação do Ministério Público", para apurar responsabilidades sobre o "estado de degradação" em que se encontra o Rio Tâmega.

"O Rio Tâmega, às portas de Amarante, reflecte no espelho da albufeira do Torrão a perda da qualidade das águas que deviam ter capacidade para usos múltiplos", salienta a Quercus, em comunicado distribuído após uma conferência de imprensa.

Segundo a associação, "nas águas estagnadas pela Barragem do Torrão (Alpendorada e Matos - Marco de Canaveses) - a primeira com que o Ministério do Ambiente iniciou a artificialização do Tâmega - acumula-se todo o tipo de poluição proveniente das águas residuais urbanas e industriais que ainda não foram eliminadas do rio".

"A situação é de tal modo insustentável que o estado eutrófico que o Rio Tâmega apresenta é visível à vista desarmada", sublinha a Quercus, acrescentando que "a má utilização do domínio público hídrico do Rio Tâmega tem no concelho de Amarante a expressão mais significativa".

A Quercus destaca o "mau estado de funcionamento da nova ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais] da cidade - inaugurada há 10 anos, e já dada por obsoleta e pronta a ser desmantelada" - e a "baixíssima taxa de 17 por cento de cobertura de saneamento básico". 

A associação "apela também às populações de Mondim de Basto e Celorico de Basto que se desloquem ao local para que vejam com os seus próprios olhos o possível futuro do Rio Tâmega na albufeira da prevista barragem de Fridão".

Lusa, in Terras do Vale do Sousa - 15 de Setembro de 2009

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