AMARANTE EVACUA DO TÂMEGA EM DIA DE ELEIÇÕES LEGISLATIVAS
Fotografia: Anabela Magalhães
Fotografia: descarga de lamas oleosas no rio Tâmega (15 de Junho de 2009)
Eram pelas 16H00. Enquanto a descarga eleitoral se mostrava nas urnas pouco concorrida o esgoto no centro urbano de Amarante cumpria abundantemente o seu escrutínio.
Com o superior enquadramento de dois monumentos nacionais (Ponte e Convento), no Largo de São Gonçalo (Praça da República), saído em jorro do alto da parede granítica a espelhar no rio Tâmega, o cenário do esgoto não podia registar melhor (pior) sinal da sua republicana existência. O som da descarga caída livremente sobre o metálico passeio pedonal e batida na pedraria granítica das rochas que fixam a margem sobranceira à Igreja do convento, conjugando os odores pestilentos que contaminavam a sombra onde se vendia o pão e o doce e apertavam a respiração dos transeuntes desde a Alameda Teixeira de Pascoaes, não enganava quanto à origem da fonte.
Não!... Aquele caudal lamacento e churro não era 'obra' de Santo nem provinha do endereço conventual que acolhe a Câmara Municipal de Amarante nas costas de Pascoaes. Mas, logo ali, desde a Alameda ao Largo, se confronta a «seriedade» e o «rigor» da política local que fecha os olhos e o nariz a tanta imundice, nessa torrente urbana nojenta onde se reflecte o resultado da demagogia e gongorismo que Amarante não consegue esconder aos olhos e nariz da cidade.
José Emanuel Queirós, in PlenaCidadania - 27 de Setembro de 2009
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega
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