O Tâmega, em Ribeira de Pena
Fui ao blog "Serra e Sonho" da ribeira-penense Maria Elísia Ramos pescar esta bela imagem do Rio Sagrado, e colocá-la no cardápio Vilar de Ferreiros para ser apreciada pelos amigos do Tâmega e da riqueza paisagística que o envolve e consequentemente respeita a toda a região de Basto.
Com a mesma ameaça feita ao rio Ôlo, de que a sua beleza paisagística corre o risco de ser destruída pelo capricho e arrogância de governantes armados em progressistas, sujeito à morte, o Tâmega que nasce no Maciço Central galego, perto de Albergaria (Vilar de Bárrio/ Laza), entra em Portugal pela fronteira de Chaves, e desagua no rio Douro, em Entre-os-Rios. Aqui, com a barragem do Torrão, se fez o primeiro atentado ao rio, o que levou que por ocasião da catástrofe da ponte muitos atribuíssem o desastre às descargas dessa barragem.
Podia fazer como a maioria dos meus conterrâneos: se concordam, nem precisam de dizer, pois quem maneja os cordelinhos já conta com eles; se discordam, vale o mesmo porque não têm opinião nem voto. E como sempre nestes complos a cobardia favorece os piores...
Já vi, em comentário deixado num dos meus blogs, que o rio Ôlo desta vez fica livre de perigo... Uma boa forma de levar o Zé é esta: dar um chouriço para receber um porco. Neste caso, cederam nas Fisgas... para avançar no Fridão.... Artes desta cambada que travou a barragem de Foz Coa, e agora já o rio Sabor, a dois passos dali, pode ser albufeira na região vinhateira do Alto Douro. Acabaram-se as gravuras.
Há que repensar a sério. Sabemos que no caso do Fridão só Amarante se mantem em luta e preocupado com a construção, e razão tem, além do impacto ambiental, em caso de acidente "atendendo à distância da edificação da barragem com mais de 110 metros de altura (a 6 km de Amarante), uma onda de cheia mais alta do que a igreja de São Gonçalo demoraria apenas 5 minutos a chegar ao Arquinho". Mas isto ninguém vê.
Visto o post "quedas do cabril.." nesta altura já ir com 40 comentários expressos, entendi desviar o tema para aqui, de modo a evitar fazer concorrência ao participado post Nelson Vilela, e poder também prestar homenagem a um rio que tem, como eu, um Vilar por terra de origem, embora em vez "de Ferreiros" seja "de Bárrio".
Meus caros conterrâneos, deixem-se de ilusões aproveitem as potencialidades naturais da terra e deixem-se de destruir o património paisagístico que herdamos do passado. A nossa identidade e riqueza está na montanha e nos rios e ribeiros que a cruzam, basta só que haja inteligência e engenho para saber colher..., porque semeado já está...
Lembrem-se que pelo facto de tanto Celorico, como Mondim serem menos afectados em termos de perigosidade e área ocupada que Amarante, as graves consequências ambientais vão ser as mesmas ou piores, pois a albufeira estendesse até Cavez.
Digam não à barragem de Fridão.
O Ôlo a caminho do Tâmega, em Fridão.
José Augusto da Costa Pereira, in Vilar de Ferreiros - 16 de Fevereiro de 2009
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