quinta-feira, 21 de novembro de 2019

TÂMEGA - MONDIM DE BASTO: Encontro de Amigos do Tâmega











TÂMEGA - MONDIM DE BASTO
Encontro de Amigos do Tâmega       

FOTO: Jorge Costa

FOTO: António Costa

FOTO: António Costa

FOTO: António Costa

FOTO: António Costa

FOTO: António Costa

FOTO: Jorge Costa

Fundadores do Movimento Cidadania e Desenvolvimento no Tâmega e amigos do rio Tâmega em seu estado natural, assinalando onze (11) anos da luta iniciada em 2008 contra a famigerada falácia barragista recauchutada do Estado Novo no Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), no dia 25 de Outubro de 2019, realizaram um encontro na acolhedora vila de Mondim de Basto.

Sintonizados no ideário expresso no «Manifesto Anti-Barragem - Salvar o Tâmega e a Vida no Olo», no decurso do reencontro em louvor ao Tâmega os presentes lembraram com saudade os amigos que mais cedo partiram, invocando a memória de Armando José Pereira Oliveira, Joaquim José Macedo TeixeiraJosé Morais Clemente Teixeira e Valdemar Pinheiro Coelho de Abreu.

A reunião proporcionou a sublinhar os resultados alcançados com o recuo na absurda pretensão do transvase do rio Olo, em Lamas de Olo (2009), a renúncia à destruição do rio Beça, em Boticas (2010), e, por último, a desistência da construção de duas grandes barragens no escalão de Fridão, em Amarante (2019). 

Relevando a persistência e extensão de uma iniciativa que fez convergir cidadãos do Tâmega, de Amarante a Chaves, estendendo as preocupações destrutivas apontadas aos territórios ribeirinhos dos concelhos da região, as referências actuais estão vinculadas à contestação da afrontosa actuação da eléctrica espanhola IBERDROLA, no desrespeito que evidenciam no desalojamento compulsivo das populações que começaram a ser afectadas pela construção da barragem de Daivões (Ribeira de Pena); à denúncia da degradação progressiva que as águas do Tâmega continuam a registar desde a fronteira com Espanha, depois que foi construída a Barragem do Torrão, em Marco de Canaveses (1988); na solidariedade com as populações dos territórios contíguos de Boticas e Montalegre, alvos de investidas dos apetites mineiros de exploração de lítio; e da exigência de um programa de sustentabilidade e desenvolvimento integrado para todo o território regional marcado pelo eixo fluvial do Tâmega.

A produtividade do encontro traduziu-se na expressão dos vivos testemunhos partilhados em comunhão, das memórias das acções realizadas pelo Tâmega no decurso de mais de uma década, e na próxima tomada de uma posição pública que, em breve, será dada a conhecer aos órgãos de soberania do Estado Português e à comunicação social regional e nacional. 

Pelo Tâmega de ontem, hoje e sempre, bem-haja a todos!...

José Emanuel Queirós - 21 de Novembro de 2019
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega

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