segunda-feira, 25 de novembro de 2019

IBERDROLA - BARRAGEM DE DAIVÕES: VIDAS AFUNDADAS


IBERDROLA - BARRAGEM DE DAIVÕES
VIDAS AFUNDADAS




Vidas afundadas na aldeia da Ribeira de Baixo, em Ribeira de Pena. 43 casas por água abaixo. 43 famílias afogadas na tristeza da maldade a que foram sujeitos.

Famílias têm que se mudar para pré-fabricados situados na sede do concelho de Ribeira de Pena. Podem ter ar condicionado, paredes térmicas e o raio que os parta, mas nada que substitua as casas das pessoas que em Ribeira de Baixo fizeram vida.


A Iberdrola concessionária do projecto das barragens que tiveram iniciativa do Estado, garante que as famílias terão nos contentores o conforto pelo menos igual ao das suas casas.


"De tanta alegria ao fazê-la, dão-me agora tamanha tristeza ao abandoná-la", diz uma velhinha desesperada prestes a despedir-se da sua casa.


As casas prometidas pela Iberdrola ninguém as vê. Os que não concordam com a esmola que lhes querem dar para construírem novas habitações, para já vão para os contentores. Os contentores nem forrados a ouro substituem ou compensam o apego, a memória, a história da vida daquelas pessoas. 


Deslocados à força, eles são as primeiras vítimas humanas do atentado ao nosso Rio Tâmega.

Começa mal a construção do "paraíso aquático" tão apregoado por todos os responsáveis políticos que estavam à espera da mama. Não é nada que a minoria anti-barragens no Tâmega, residente nas bordas do rio e onde me incluo, não tenha alertado.


A destruição mais que previsível está agora, verdadeiramente, a começar com os mais que directamente afetados. 


Depois da banheira cheia virá o resto: destruição do actual ecossistema ribeirinho - fauna e flora com profundas alterações, alteração no clima local, forte probabilidade das albufeiras criadas virem a ser uma massa aquática eutrófica, etc., etc....

Alfredo Pinto Coelho, in Facebook - 25 de Novembro de 2019
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega

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