RIO TÂMEGA - AMARANTE
Barragem de Fridão passou à história
Crédito da foto: Burt Kaufmann on VisualHunt
Teria sido um enorme erro ambiental, um risco brutal para as
populações e um investimento injustificado. A construção da barragem do Fridão,
no rio Tâmega, esteve prevista no Programa Nacional de Barragens de Elevado
Potencial Hidroelétrico, de 2007.
Foi suspensa no início da atual Legislatura
e, finalmente, foi anunciado publicamente pelo Ministro do Ambiente, na reunião
da respetiva Comissão Parlamentar, que ” o Governo não encontrou razão para
contrariar a vontade da EDP e não encontra motivo para que a barragem do Fridão
seja construída”, apesar de o acordo não estar ainda firmado com a EDP.
A importante mobilização dos movimentos ambientalistas e da
população de Amarante contra a construção da barragem assentou no risco de um
desastre de proporções dramáticas em caso de rutura da barragem.
Apenas a 8 km a montante de Amarante
(na foto) e a uma cota superior à da própria cidade, a onda de cheia
submergiria Amarante em poucos minutos, sem qualquer possibilidade de
salvamento das populações.
Ambientalmente seria um absurdo, com agravamento da qualidade da
água e da artificialização do Tâmega. Em termos económicos não tinha
fundamento, sendo a própria EDP a considerar que tinha perdido o interesse no
empreendimento.
A geração elétrica tem fontes alternativas mais baratas e com
menores riscos e impactes ambientais do que a hídrica. Apesar disso, a EDP diz
não abdicar dos 218 milhões de euros que pagou em 2009, pela licença de
exploração da barragem durante 75 anos.
A decisão de não construir esta barragem é correta e constitui uma
merecida vitória de quem nunca desistiu de defender a segurança das populações,
a paisagem e o ambiente.
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