sexta-feira, 19 de abril de 2019

RIO TÂMEGA - CELORICO DE BASTO: PRESIDENTE DE CELORICO DE BASTO OPÕE-SE À CONSTRUÇÃO DE TRÊS BARRAGENS NO TÂMEGA








RIO TÂMEGA - CELORICO DE BASTO
PRESIDENTE DE CELORICO DE BASTO OPÕE-SE À CONSTRUÇÃO DE TRÊS BARRAGENS NO TÂMEGA


Na passada quarta feira, dia 16 de Abril, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, anunciou no Parlamento que a barragem de Fridão, no rio Tâmega, não será construída.

Segundo o ministro, a decisão prende-se pelo alegado desinteresse por parte da EDP no projeto, desinteresse esse que faz com que as verbas relacionadas com este empreendimento não sejam restituídas à empresa.

Integrada à vários anos no Plano Nacional de Barragens, a construção da barragem de Fridão, que afetaria concelhos como Amarante e Celorico de Basto, foi suspensa pelo Governo no início da atual legislatura para ser reavaliada, prazo que terminou na semana passada.

Joaquim Mota e Silva, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, mostrou-se indignado com este cancelamento, referindo que "não há qualquer estudo que justifique" a decisão. "Tem de haver obrigatoriamente estudos que comprovem que a água fluirá naturalmente no rio Tâmega - e ninguém os fez". contou ao jornal A Verdade.

Dada a impossibilidade de construir a barragem de Fridão, o autarca manifestou a intenção de, "através dos meios legais, barrar" a construção das barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega: "ou se construíam todas, ou não se construía nenhuma", afirmou.

Joaquim Mota e Silva revelou preocupação com a possibilidade de descargas e inundações causadas pela existência das três infraestruturas: "No verão, o caudal causará um dano irreparável. No inverno, o grande número de descargas feitas num curto espaço de tempo provocará cheias nas populações ribeirinhas", alertou.
 
O autarca deixou ainda críticas aos ambientalistas que apoiaram a decisão do ministro do Ambiente: "Todos os ambientalistas que celebraram este anúncio, de ambientalistas não têm nada! Celebram o cancelamento de uma mas não se opõem à construção das outras", desabafou.

Para finalizar, Joaquim Mota e Silva fez questão de reforçar a intenção de mobilizar todos os esforços necessários para "proteger o rio Tâmega". "Não estamos contra ninguém, mas sim a favor do rio Tâmega - e isso devia mover toda a gente", rematou.

José Rocha (Editor), in A Verdade - 19 de Abril de 2019

Sem comentários: