PNBEPH - VILA POUCA DE AGUIAR
Obrigados a percorrer 30 quilómetros para passar o rio
Construção de barragem do Alto Tâmega poderá destruir o pontão que une as aldeias de Sobradelo e Capeludos.
O pontão de cimento que une as aldeias de Sobradelo, Boticas, e Capeludos, Vila Pouca de Aguiar, poderá desaparecer com a construção da barragem do Alto Tâmega, o que tem levado à revolta das populações.
António José Machado, presidente da Junta de Capeludos, indica que, sem a passagem, será preciso percorrer 60 quilómetros para ir de uma aldeia à outra e voltar.
Já foi pedido à Iberdrola (concessionária) um estudo sobre a utilização do acesso e, agora, terá de ser a Agência Portuguesa do Ambiente a pronunciar-se.
Há cerca de 20 anos, as autarquias dos dois lados construíram o pontão, por onde passam veículos. "Se estamos atrasados e se nos tirarem isto, mais atrasados ficamos", refere Mário Muta Granja, de 66 anos, que ajudou a construir a travessia.
Alberto Machado, presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, diz que "houve um lapso" porque a passagem não está expressa na Declaração de Impacte Ambiental, pelo que não há obrigação de reposição.
O autarca defende que "ainda há tempo" para corrigir o erro e diz que a questão já foi exposta à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e à Agência do Ambiente.
Também a ponte pedonal em arame entre Veral, em Boticas, e Monteiros, Vila Pouca de Aguiar, deverá desaparecer.
A Iberdrola terá de a recolocar num outro local, sem que tenha de servir de ligação entre as duas aldeias.
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