EDP confirma instalação de grupos reversíveis em Fridão para returbinar sucessivamente a água do rio Tâmega
A EDP vai instalar grupos reversíveis - não previstos no estudo inicial do plano nacional de barragens lançado pelo Governo - no maior dos dois aproveitamentos a construir em Fridão, de modo a aproveitar a energia eólica produzida durante a noite, período que corresponde ao "vazio", em que os consumos são mais reduzidos e a energia mais barata, anunciou a empresa no âmbito de uma gigantesca campanha institucional.
A instalação de grupos reversíveis no escalão de montante em Fridão - chamam-se reversíveis por funcionarem como turbina durante as horas em que há maior solicitação no consumo de energia e como bomba nos períodos de horas de vazio ou de excedentes de energia na rede - tem por objectivo returbinar a água quantas vezes for necessário, atenuando a diminuição do volume da albufeira em períodos de estiagem.
Fonte da EDP anunciou que todas as novas barragens terão "ao lado" parques eólicos, o que possibilitará, através de um sistema de bombagem, a produção "de mais e melhor energia limpa".
"Nas horas de vazio, podemos utilizar a energia que está a ser gerada pelos parques eólicos para bombear novamente para a albufeira a água que já foi turbinada na barragem. Isso significa que com a mesma água se vai poder produzir energia várias vezes", explicou a fonte. As cinco novas barragens a construir até 2016 são as do Baixo Sabor (já em construção), Foz Tua (em projecto), Fridão, Alvito e Ribeiradio.
Segundo a mesma fonte, a EDP vai investir, até 2016, 3.000 milhões de euros na construção de cinco novas barragens e no reforço da potência de seis, passando a produzir energia hídrica suficiente para mais de dois milhões de consumidores.
Este plano inclui o reforço de potência em seis barragens do actual parque hídrico da EDP, concretamente Bemposta, Picote, Alqueva, Venda Nova, Salamonde e Paradela.
Estes investimentos aumentarão a capacidade hidroeléctrica instalada em mais de 2.900 Megawatts (MW), o que significa um reforço de 61 por cento face ao actual parque da EDP.
"A energia, limpa e renovável, produzida anualmente por esta nova capacidade equivalerá ao consumo médio anual de mais de dois milhões de consumidores residenciais", referiu a fonte da EDP.
Estudo para o plano nacional de barragens não previa grupos reversíveis em Fridão
O estudo da COBA que o governo mandou elaborar e que serviu para a aprovação dos dez empreendimentos de elevado potencial hidroeléctrico não considerava os grupos reversíveis para a barragem de Fridão.
Além disso, era também omisso quanto à construção de uma segunda barragem (terá 30 metros de altura), denominada de escalão de jusante, onde será também instalado um grupo gerador. A EDP, porém, quando apresentou um estudo prévio do projecto à Câmara de Amarante, em Setembro de 2008, alguns meses depois de ganhar o concurso, já considerou essas duas hipóteses, a desenvolver em fase de anteprojecto.
Dizia o memorando apresentado pela EDP há oito meses, a que o Marão Online teve acesso, que "será avaliado o interesse de alternativas, designadamente a instalação de grupos reversíveis no escalão de montante e o equipamento do escalão de jusante".
A segunda barragem, além da produção de energia, servirá também, segundo a EDP, para "modular os caudais turbinados em Fridão", uma vez que se estima que o caudal a turbinar [no escalão principal] poderá atingir 350 m3/segundo.
A barragem principal será construída a pouco mais de seis quilómetros da cidade de Amarante, enquanto o escalão de jusante dista cerca de dois quilómetros daquela.
O estudo de impacte ambiental, em elaboração, será objecto de avaliação pública no segundo semestre deste ano.
A instalação de grupos reversíveis no escalão de montante em Fridão - chamam-se reversíveis por funcionarem como turbina durante as horas em que há maior solicitação no consumo de energia e como bomba nos períodos de horas de vazio ou de excedentes de energia na rede - tem por objectivo returbinar a água quantas vezes for necessário, atenuando a diminuição do volume da albufeira em períodos de estiagem.
Fonte da EDP anunciou que todas as novas barragens terão "ao lado" parques eólicos, o que possibilitará, através de um sistema de bombagem, a produção "de mais e melhor energia limpa".
"Nas horas de vazio, podemos utilizar a energia que está a ser gerada pelos parques eólicos para bombear novamente para a albufeira a água que já foi turbinada na barragem. Isso significa que com a mesma água se vai poder produzir energia várias vezes", explicou a fonte. As cinco novas barragens a construir até 2016 são as do Baixo Sabor (já em construção), Foz Tua (em projecto), Fridão, Alvito e Ribeiradio.
Segundo a mesma fonte, a EDP vai investir, até 2016, 3.000 milhões de euros na construção de cinco novas barragens e no reforço da potência de seis, passando a produzir energia hídrica suficiente para mais de dois milhões de consumidores.
Este plano inclui o reforço de potência em seis barragens do actual parque hídrico da EDP, concretamente Bemposta, Picote, Alqueva, Venda Nova, Salamonde e Paradela.
Estes investimentos aumentarão a capacidade hidroeléctrica instalada em mais de 2.900 Megawatts (MW), o que significa um reforço de 61 por cento face ao actual parque da EDP.
"A energia, limpa e renovável, produzida anualmente por esta nova capacidade equivalerá ao consumo médio anual de mais de dois milhões de consumidores residenciais", referiu a fonte da EDP.
Estudo para o plano nacional de barragens não previa grupos reversíveis em Fridão
O estudo da COBA que o governo mandou elaborar e que serviu para a aprovação dos dez empreendimentos de elevado potencial hidroeléctrico não considerava os grupos reversíveis para a barragem de Fridão.
Além disso, era também omisso quanto à construção de uma segunda barragem (terá 30 metros de altura), denominada de escalão de jusante, onde será também instalado um grupo gerador. A EDP, porém, quando apresentou um estudo prévio do projecto à Câmara de Amarante, em Setembro de 2008, alguns meses depois de ganhar o concurso, já considerou essas duas hipóteses, a desenvolver em fase de anteprojecto.
Dizia o memorando apresentado pela EDP há oito meses, a que o Marão Online teve acesso, que "será avaliado o interesse de alternativas, designadamente a instalação de grupos reversíveis no escalão de montante e o equipamento do escalão de jusante".
A segunda barragem, além da produção de energia, servirá também, segundo a EDP, para "modular os caudais turbinados em Fridão", uma vez que se estima que o caudal a turbinar [no escalão principal] poderá atingir 350 m3/segundo.
A barragem principal será construída a pouco mais de seis quilómetros da cidade de Amarante, enquanto o escalão de jusante dista cerca de dois quilómetros daquela.
O estudo de impacte ambiental, em elaboração, será objecto de avaliação pública no segundo semestre deste ano.
in Marão online - 30 de Abril de 2009