ATROCIDADES DO «PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS» PARA O ALVÃO
A convite da Junta de Freguesia de Ermelo (Mondim de Basto), no passado dia 8 de Novembro de 2008 (sábado) o Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega levou a efeito na Casa do Povo daquela freguesia mondinense uma sessão de esclarecimento sobre as medidas contidas no Programa Nacional de Barragens, que se repercutirão directamente na vida e nas actividades daquelas populações da serra do Alvão.
Apesar do tempo frio e chuvoso que se fazia sentir na encosta poente da serra, a sessão esteve muito participada, registando grande afluência de residentes, e de outros deslocados de Mondim e de Amarante, interessados no esclarecimento desta problemática.
Com início pelas 21h00, durante cerca de duas horas e meia a população de Ermelo participou na apresentação e contribuiu para o debate por fim estabelecido em volta das medidas aprovadas no âmbito do «Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico» (PNBEPH), nomeadamente as respeitantes ao projectado transvase das águas do rio Olo para alimentar os caudais na albufeira de Gouvães (Gouvães da Serra - Vila Pouca de Aguiar).
Um ano após o “debate público” ocorrido sobre essa famigerada falácia nacional inventada nas eléctricas, apadrinhada pelo Instituto da Água, I.P. (INAG)/Autoridade Nacional da Água, e avalizada pelo Ministro do Ambiente e pelo Governo, entre a informação prestada a partir dos documentos oficiais e as preocupações manifestadas pelos presentes no decurso da sessão, ficou muito claro que a população de Ermelo, até então, nunca havia recebido informação do que o «Programa Nacional de Barragens» para ela reserva.
Aliás, o referido «Programa» não só não considera a existência da cidade de Amarante, por relação com o escalão hidroeléctrico de Fridão (Amarante), como omite a existência das comunidades serranas do Alvão, as que mais directamente serão afectadas com o projectado transvase do rio Olo, e pelo que receberão no seu modesto quadro de vida rural em privações de recursos imprescindíveis à vida e em desregulação das suas actividades agro-pastoris.
De acordo com o testemunho da Presidente da Junta de Freguesia (D. Maria da Glória Leite Nunes), até àquela data, apesar das diligências encetadas junto de várias entidades, as respostas obtidas foram sempre evasivas e semelhantes: "nenhuma entidades sabia de nada" (sic), conforme teve oportunidade de participar no decurso da sessão.
Aquilo que para todos nós – residentes no Tâmega, e conscientes dos efeitos esperados desse atentatório e ofensivo «Programa Nacional de Barragens» – é absurdo, destrocam os patrões das eléctricas (EDP, S.A. e IBERDROLA, S.A.) em discursos de milhões. Sem respeito pela vida de quantos na bacia do Tâmega já começaram a sentir dos efeitos do seu poder sedente e cego, e da farsante actuação, ordeira e submissa, do ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território, e do Desenvolvimento Regional (Francisco Nunes Correia) e do seu inútil Instituto da Água, I.P./Autoridade Nacional da Água, rendidos à adjudicação bilionária do licenciamento, indiscriminado e mercenário, à captação e transvase das águas do Tâmega e do Olo.
José Emanuel Queirós, in PlenaCidadania - 11 de Novembro de 2008
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante)
1 comentário:
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