sábado, 29 de novembro de 2008

PNBEPH - TÂMEGA: Cidadãos contestam barragem de Fridão









PNBEPH - TÂMEGA
Cidadãos contestam barragem de Fridão

O Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega, que luta contra a construção da barragem de Fridão, em Amarante, vai ser recebido quarta-feira pelo Presidente da República, anunciou este sábado a organização, noticia a agência Lusa. 

Cavaco Silva visita a 3 de Dezembro o Município do Marco de Canaveses, onde vai inaugurar um parque fluvial no rio Tâmega e as piscinas municipais de Alpendorada e Matos. 

Será após a sessão de boas-vindas, na qual o Presidente da República receberá a Medalha de Honra e o título de cidadão honorário do Município, que uma delegação do movimento contestatário das barragens no rio Tâmega entregará a Cavaco Silva um exemplar do Manifesto Anti-barragem «Salvar o Tâmega e a vida no Olo». 

Amarante em risco de desastre ambiental 

O líder do movimento, Emanuel Queirós, disse que o lançamento do manifesto anti-barragem serve «para mobilizar a população para a fase da discussão pública» sobre o projecto da barragem, que deverá ocorrer no segundo semestre de 2009, quando for apreciado o estudo de impacte ambiental, em elaboração. 

Além do manifesto, o movimento anti-barragem lançou uma petição na internet, que recolheu mais de 1.100 assinaturas em menos de duas semanas. 

O manifesto é subscrito por cidadãos dos quatro concelhos afectados pela construção do empreendimento - Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Amarante. 

«As Barragens do Tâmega vêm fazer a artificialização do rio, provocam a implosão do vale, a destruição dos ecossistemas, ou seja, a interrupção da vida natural tal como nós a conhecemos», considera o movimento de cidadãos. 

Insurgindo-se contra «a falta de voz de determinação e reivindicação» dos órgãos da região, o movimento quer fazer ouvir a sua voz junto dos órgãos de estado. 

«Não queremos a barragem de Fridão nem aceitamos o transvase das águas do Olo para a ribeira da barragem de Gouvães e exortamos os órgãos de soberania do Estado português a respeitar a cidadania e a vida tal como nós a conhecemos», salienta Emanuel Queirós. 

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Para o líder do movimento anti-barragem, é importante dizer às populações da bacia do Tâmega «que nada está decidido e que o processo de construção da barragem pode ser revertido». 

O contrato da concessão da barragem de Fridão, no rio Tâmega, a celebrar entre o Estado e a EDP vai ser assinado em Dezembro, assegurou no início de Novembro, o presidente do Instituto da Água (INAG).

Redação com AF, in Lux - 29 de Novembro de 2008
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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