«Desencanto» de António Patrício
>> Desencanto <<
Canto sem gosto e sem beleza
Este Tâmega ledo e pardacento
Que um homem sem esperteza
Enjaulou entre muros de cimento.
Choro este rio ao mesmo tempo
Que doido passa sobre a ponte
Em desnorte e contratempo
Nada vislumbro no horizonte
Duas pontes, duas passagens,
Outra bandas, outros lados,
Com certezas e miragens
Fantasias e outros fados.
Mais cinco jaulas em betão
Querem no teu leito erguer
Sepulturas fundas num chão
Que já começou a morrer.
Não, não matem o Tâmega
Rio de sadias paixões
Deixem-no viver liberto
Das grilhetas das prisões.
António Patrício - Abril de 2009
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante)
Este Tâmega ledo e pardacento
Que um homem sem esperteza
Enjaulou entre muros de cimento.
Choro este rio ao mesmo tempo
Que doido passa sobre a ponte
Em desnorte e contratempo
Nada vislumbro no horizonte
Duas pontes, duas passagens,
Outra bandas, outros lados,
Com certezas e miragens
Fantasias e outros fados.
Mais cinco jaulas em betão
Querem no teu leito erguer
Sepulturas fundas num chão
Que já começou a morrer.
Não, não matem o Tâmega
Rio de sadias paixões
Deixem-no viver liberto
Das grilhetas das prisões.
António Patrício - Abril de 2009
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante)
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