quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Testemunho de ignorância de um Pritzker comprometido com a EDP - Souto Moura: «Faz-me impressão a água ir para o mar quando faz falta»







Testemunho de ignorância de um Pritzker comprometido com a EDP
Souto Moura: «Faz-me impressão a água ir para o mar quando faz falta»

O arquitecto Souto Moura, que está a fazer um ajuste no projecto da EDP, na barragem de Foz Tua, confessa que lhe faz uma certa impressão que a agua vá para o mar quando faz tanta falta.

Souto Moura, o arquitecto que está a ajudar a EDP, a não ferir a paisagem do Douro Vinhateiro-Património Mundial não assume uma posição «contra ou a favor» da Barragem de Foz Tua, mas confessa que lhe faz uma certa impressão que a agua vá para o mar quando faz tanta falta e sabendo-se também que Portugal tem um deficit de energia.

Souto Moura está a projectar o edifício da central eléctrica da barragem que está integrada no Douro Vinhateito.

A EDP já fez saber que desde o início tem tido a preocupação de não pôr em causa a classificação da UNESCO e este ajuste ao projecto faz parte dessa preocupação.

O arquitecto escolhido pela empresa revela que daqui a um mês vai apresentar o projecto que ainda está em esboço.


in TSF (http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=2187620) - 15 de Dezembro de 2011

5 comentários:

Anónimo disse...

É o que faz a ignorância!

Haveria que explicar ( e estou a falar bem a sério) ao Souto Moura, mas também a muitos cidadãos portugueses, que esse é, exatamente, parte do
vital ciclo natural da Água. O que faz impressão sim, é o esbanjamento, o desperdício de água que certamente o arquiteto e/ou sua família, e muitos
cidadãos e cidadãs portugueses fazem deste precioso liquido (e energia também). Isto é que faz impressão... e precisa de ser forçosamente reforçado.

saudações
Luís Avelar

Anónimo disse...

Os que julgam que as barragens vão trazer mais água (metem água, enquanto vão tirando gente ao interior), vejam primeiro as respectivas redes públicas de abastecimento e a percentagem de fugas na rede (é mesmo a sério: em alguns concelhos transmontanos as perdas na rede de abastecimento
chega aos 60%!!) e alguns fontanários sempre a correr!

Raquel Leitão

Anónimo disse...

Como diz o povo, toda (quase) a gente tem um preço. Pelos vistos o arquitecto Souto de Moura também tem o dele. Com muita pena minha que até admiro a sua obra.

Luís van Zeller
Presidente da Pró-Tâmega

aNaTureza disse...

Pelos vistos, todos temos um preço, senão estas barragens (Plano Nacional de Barragens) não iria nunca para a frente.
Assim como muito mais coisas.
Digo-vos que só tenho esperança (nisto e em todos os outros problemas) por que será sempre a última a morrer. Pois o que vejo á minha volta (salvo poucas excepções que não dão para fazer frente aos lobbies) é a completa indiferença.
Pensamentos para quê se o que interessa e fará a diferença é a acção e em grande conjunto?
Tenho muita pena.
Mas a consciência de quem a tem inteira, não deverá desistir nunca de tentar alcançar uma melhor sustentabilidade da natureza que nos rodeia á qual somos completamente dependentes.
Continuem a falar...

aNaTureza disse...

(completando)
Pois é mesmo necessário.

Obrigada!aferam