Ambiente - Barragem de Foz-Tua
Realizaram um protesto simbólico frente à EDP também para alertar a opinião pública para os custos do empreendimento
Realizaram um protesto simbólico frente à EDP também para alertar a opinião pública para os custos do empreendimento
Duas dezenas de ambientalistas realizaram um protesto simbólico frente à EDP, em Lisboa, para pedir ao Governo que pare a construção da barragem que submergirá o vale do Tua e alertar a opinião pública para os custos do empreendimento.
«O custo de parar é muito mais baixo do que continuar. A concessão da barragem de Foz Tua custou cerca de 50 milhões de euros, resgatar a concessão custará talvez 60 milhões. Se a barragem for para a frente, aquilo que temos de pagar por ela, por meia dúzia de kilowatts/hora que não são necessários, porque é muito mais barato poupá-los do que estar a produzi-los, custará aos portugueses qualquer coisa como dois biliões de euros», afirmou Joana de Mello, dirigente do GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, em declarações citadas pela agência Lusa.
Além do GEOTA, promoveram esta acção de protesto a Liga de Protecção da Natureza (LPN), a Quercus e a COAGRET, Coordenadora de Afectados pelas Grandes Barragens e Transvases.
A construção da barragem de Foz Tua, a cargo da EDP, faz parte de um Programa Nacional de Barragens (PNB) idealizado pelo Governo de José Sócrates e inclui a construção de nove outras barragens, das quais três são da responsabilidade da eléctrica portuguesa.
Os ambientalistas consideram que «as barragens são das formas mais agressivas que há de produzir electricidade e são neste momento a maior ameaça que há à biodiversidade em Portugal» e querem convencer a opinião pública a apoiar este protesto, além de prepararem o recurso a outras instâncias, como aos tribunais e à União Europeia.
«Este PNB é exactamente a mesma coisa que as SCUT e os estádios. Dizia-se que eram sem custos para utilizador, mas estamos a pagar agora a factura sob a forma de uma crise porque temos biliões de dívida», acrescentou Joana de Mello, salientando que pensam «lutar até as últimas consequências para evitar esta barbaridade sobre o património nacional, sobre a identidade nacional e sobre os bolsos de todos os portugueses».
Para os manifestantes, em contrapartida às barragens, dever-se-ia apostar nas «alternativas de desenvolvimento baseados nos valores locais que são únicos».
«A crise tem o factor positivo de nos obrigar a pensar nos investimentos e no que é essencial. Nós precisamos de energia, mas precisamos de produzir energia da forma mais eficiente. É o que diz o programa do Governo, é o que diz a Estratégia Europeia da Energia e o memorando da troika. O que nós queremos é que se cumpra no papel aquilo que se diz de boca, que é obtermos a nossa energia da forma mais barata possível e com o menor efeito possível», defendeu.
Entre as medidas que consideram essenciais estão a criação de «benefícios fiscais a quem fizer investimentos no sector da energia, seja na indústria, seja nas famílias», a aposta na eficiência energética e na requalificação urbana.
No protesto, os ambientalistas distribuíram um panfleto à população onde referem ainda que a construção da barragem irá custar aos consumidores e ao Estado entre 16 mil e 20 mil milhões de euros, ou seja, dois mil euros por cada português.
Em contrapartida «terá consequências sociais graves, contribuirá para o despovoamento da região, já empobrecida, do vale do Tua», destruirá «valores com potencial turístico e patrimonial», nomeadamente «o vale e linha do Tua».
Redacção/ACS, in TVI24 - 6 de Dezembro de 2011
«O custo de parar é muito mais baixo do que continuar. A concessão da barragem de Foz Tua custou cerca de 50 milhões de euros, resgatar a concessão custará talvez 60 milhões. Se a barragem for para a frente, aquilo que temos de pagar por ela, por meia dúzia de kilowatts/hora que não são necessários, porque é muito mais barato poupá-los do que estar a produzi-los, custará aos portugueses qualquer coisa como dois biliões de euros», afirmou Joana de Mello, dirigente do GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, em declarações citadas pela agência Lusa.
Além do GEOTA, promoveram esta acção de protesto a Liga de Protecção da Natureza (LPN), a Quercus e a COAGRET, Coordenadora de Afectados pelas Grandes Barragens e Transvases.
A construção da barragem de Foz Tua, a cargo da EDP, faz parte de um Programa Nacional de Barragens (PNB) idealizado pelo Governo de José Sócrates e inclui a construção de nove outras barragens, das quais três são da responsabilidade da eléctrica portuguesa.
Os ambientalistas consideram que «as barragens são das formas mais agressivas que há de produzir electricidade e são neste momento a maior ameaça que há à biodiversidade em Portugal» e querem convencer a opinião pública a apoiar este protesto, além de prepararem o recurso a outras instâncias, como aos tribunais e à União Europeia.
«Este PNB é exactamente a mesma coisa que as SCUT e os estádios. Dizia-se que eram sem custos para utilizador, mas estamos a pagar agora a factura sob a forma de uma crise porque temos biliões de dívida», acrescentou Joana de Mello, salientando que pensam «lutar até as últimas consequências para evitar esta barbaridade sobre o património nacional, sobre a identidade nacional e sobre os bolsos de todos os portugueses».
Para os manifestantes, em contrapartida às barragens, dever-se-ia apostar nas «alternativas de desenvolvimento baseados nos valores locais que são únicos».
«A crise tem o factor positivo de nos obrigar a pensar nos investimentos e no que é essencial. Nós precisamos de energia, mas precisamos de produzir energia da forma mais eficiente. É o que diz o programa do Governo, é o que diz a Estratégia Europeia da Energia e o memorando da troika. O que nós queremos é que se cumpra no papel aquilo que se diz de boca, que é obtermos a nossa energia da forma mais barata possível e com o menor efeito possível», defendeu.
Entre as medidas que consideram essenciais estão a criação de «benefícios fiscais a quem fizer investimentos no sector da energia, seja na indústria, seja nas famílias», a aposta na eficiência energética e na requalificação urbana.
No protesto, os ambientalistas distribuíram um panfleto à população onde referem ainda que a construção da barragem irá custar aos consumidores e ao Estado entre 16 mil e 20 mil milhões de euros, ou seja, dois mil euros por cada português.
Em contrapartida «terá consequências sociais graves, contribuirá para o despovoamento da região, já empobrecida, do vale do Tua», destruirá «valores com potencial turístico e patrimonial», nomeadamente «o vale e linha do Tua».
Redacção/ACS, in TVI24 - 6 de Dezembro de 2011
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