
Tâmega
EDP a Sul
«Se a lei for cumprida nenhuma barragem na bacia do Tâmega será construída» MCDT

“Bom dia, são da EDP?”. A interrogação de Maria Carvalho, 67 anos, é pertinente e é por isso que confunde a equipa de reportagem do GRANDE PORTO com os técnicos que, no domingo passado, estiveram em Vilar de Viando, Mondim de Basto, a anunciar a Barragem de Fridão. Nos últimos meses, diz a agricultora, sucederam-se as reuniões com a população para explicar o que vai acontecer às casas e terrenos afectas pela estrutura e pelas águas.

«Blogs & Companhia», um programa de José Ferraz-Alves com emissão nos seguintes dias: 4.ª feira (26Jan) 22h, 5.ª feira (27Jan) 14h30; 6.ª feira (28Jan) 20h30 e domingo (30Jan) às 11h.
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Há século e meio que em Portugal as políticas de obras públicas megalómanas têm sido entendidas como paradigma de desenvolvimento. No sector energético, apesar das belas intenções pela eficiência energética, o esforço é dirigido para os empreendimentos caros e de eficácia duvidosa: barragens, carro eléctrico, micro-geração, TGV, com investimentos previstos na próxima década orçando em dezenas de milhar de milhões de euros – o investimento do Estado em eficiência energética mal chegará a 150 M€ no mesmo horizonte.

| Tâmega - Mondim de Basto Em preparação o desmantelamento de duas preciosidades da arquitectura A coberto das Câmaras Municipais da região o garimpo da EDP no Tâmega está a ser preparado para Mondim de Basto, visando a breve trexo o desmantelamento da «Capela do Senhor» da Ponte e da ponte românica do rio Cabril (Montão - Mondim de Basto). Esta informação é recebida no Tâmega como uma agressão ao património de todos que leva uma parte substancial do passado colectivo feito memória viva presente no território. Nesta sofreguidão sem limites com as terras subservindo interesses estranhos e invasores, preparam terrenos para que fiquemos sem o rio Tâmega que sempre tivemos, livre em seu leito de vida, ligando sem encargos terras e homens desde a Galiza ao Douro. Sobre as memórias das nossas populações que dão a vida aos concelhos do Tâmega, com as câmaras municipais rendidas aos interesses das eléctricas, no dia 12 de Janeiro de 2011, a EDP foi à Casa de todos os mondinenses prestando mais um acto de instrumentalização do Município e de condicionamento da população. Preparando o cenário para a inevitabilidade da população perder em definitivo seus bens patrimoniais, a EDP e seus homens de mão procuram influenciar os locais para a sua venda compulsiva a fim de evitar o ónus público do acto terceiro-mundista. Entretanto, a EDP com a Câmara Municipal, preparam o desmantelamento e a trasladação da «Capela do Senhor» da Ponte, sita no lugar de Montão, freguesia de Mondim de Basto e da ponte românica do rio Cabril, atentando contra o património de todos, dado tratarem-se de duas peças singulares da arquitectura portuguesa, a capela de estilo barroco possui um retábulo de pedra pintado, tecto de madeira com pinturas "rocaille" e imagem de Cristo em pedra, classificada de «Imóvel de Interesse Público» pelo Decreto n.º 42007, de 6 de Dezembro de 1958. José Emanuel Queirós - 17 de Janeiro de 2011 Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (Amarante) |


Entrevista [TSF] a Pedro Arrojo, professor e presidente da Fundação Nova Cultura da Água.