sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EDP no vermelho: EDP entrou no túnel sem saída do endividamento






EDP no vermelho
EDP entrou no túnel sem saída do endividamento

A EDP, tal como o Governo, anuncia lucros onde a ruína ameaça de forma cada vez mais evidente. Mexia e Sócrates são feitos da mesma massa de vendedores de banha da cobra. Um dia destes descobrimos que, afinal, a EDP está falida, tal como a Caixa, o BCP, o BES, e o País!

Os dados objectivos da EDP, em 30 de Junho de 2010 (constam do Relatório de Contas acessível no respectivo sítio web) são estes:

Dívida Líquida = 16.107.900.000 €
Total dos Passivos Não Correntes = 21.799.817.000 €
Total Passivo = 29.882.974.000 €


Mexia faz conferências de imprensa como Teixeira dos Santos, para dizer que tem lucros, e que por isso, consegue financiamento nos mercados. Mau sinal! O ritmo das conferências irá certamente aumentar, para disfarçar o embaraço crescente, mas os resultados das safras irão rapidamente começar a empalidecer, tal como vem acontecendo com a dívida soberana portuguesa.

Há muito que venho chamando a atenção para o endividamento do país: Estado, bancos, empresas públicas (TAP, CP, RTP, Carris, Metro) e EDP. Os nossos economistas políticos andaram a dormir na forma quando lhes gritava aos ouvidos para olharem para a dívida pública e para a dívida externa. Agora ainda não acordaram para o endividamento das empresas estratégicas do país. Tal como os carros com mais de 4 anos, os economistas deveriam ser obrigados a fazer revisões anuais das suas faculdades de juízo.


António Cerveira Pinto, in O António Maria - 5 de Novembro de 2010

1 comentário:

Anónimo disse...

Este link mostra bem o grau de dissimulação a que a EDP já está obrigada para disfarçar o extremo embaraço das suas apostas estratégicas e grau de endividamento....

Outro sinal evidente é a anunciada entrada na China no BCP e na EDP. São duas operações de salvamento que correspondem a dois pequenos-almoços no papo da estratégia de expansão ultramarina de Pequim. Ceuta do avesso, se quiser!

António Cerveira Pinto