sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ALTO TÂMEGA - AMBIENTE: Construção das barragens no Tâmega vai obrigar ao abate de mais de mil sobreiros








ALTO TÂMEGA - AMBIENTE  

Construção das barragens no Tâmega vai obrigar ao abate de mais de mil sobreiros



As obras nas barragens de Daivões e Alto Tâmega vão obrigar ao corte de 1145 árvores dispersas por mais de 15 hectares de terreno. Governo deu luz verde para o abate dos sobreiros declarando a “imprescindível utilidade pública” das duas estruturas, que serão construídas pela Iberdrola.


Segundo noticiou o Público, e de acordo com o despacho publicado em Diário da República e assinado pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza e pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a elétrica espanhola Iberdrola solicitou o abate de 444 sobreiros adultos e 701 jovens nas áreas que serão inundadas pelas barragens.
Esta não é a primeira vez que é autorizado o abate de sobreiros por causa dos empreendimentos hidroelétricos do Tâmega. No final de 2016, o Governo autorizou à retirada de 608 árvores em cerca de 4,6 hectares localizados na área de construção da barragem de Gouvães, adianta o mesmo jornal.
O Governo declarou a “imprescindível utilidade pública dos empreendimentos” para autorizar o abate dos exemplares de sobreiro naquelas áreas. A solução fica condicionada “ao cumprimento de todas as exigências legais aplicáveis”, incluindo a Declaração de Impacte Ambiental e também à execução do projeto de compensação que já tinha sido aprovado.
O projeto de compensação das barragens de Daivões e Alto Tâmega implica a replantação dos sobreiros abatidos noutros pontos da região, com uma majoração de 20%. Ou seja, a Iberdrola tem que colocar mais de 1400 destas árvores.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas aprovou o projeto da elétrica espanhola, que passa pela arborização com sobreiro de uma área de 42,35 hectares nos perímetros florestais das serras do Barroso e da Cabreira.
Opinião idêntica teve a Agência Portuguesa do Ambiente que emitiu parecer favorável ao Relatório de Conformidade Ambiental das duas barragens.
As três barragens e centrais hidroelétricas que a Iberdrola está a construir no rio Tâmega (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) foram anunciadas como constituindo o maior empreendimento do género em toda a Europa, e o maior de sempre na Península Ibérica: abrange os municípios de Ribeira de Pena, Boticas, Vila Pouca de Aguiar, Chaves, Valpaços, Montalegre e Cabeceiras de Basto, num investimento superior a 1500 milhões de euros e terá “uma potência instalada de 1158 megawatts que representará, quando construído, 6% da potência instalada em Portugal”, segundo a empresa espanhola.
in Diário @tual - 6 de Setembro de 2019

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