ENERGIA - NEGÓCIOS
EDP põe quatro barragens à venda. E já selecionou cinco candidatos
Chegaram à EDP várias propostas não vinculativas para a compra das quatro barragens no Douro, e foram selecionados cinco candidatos: Iberdrola, Engie, Verbund, Statkraft e ainda o fundo Macquarie.
A EDP colocou à venda quatro barragens no Douro e já selecionou cinco candidatos que vão apresentar propostas vinculativas por estes ativos hídricos já em setembro. Segundo o ECO Insider — newsletter semanal do ECO reservada a assinantes — a espanhola Iberdrola, a francesa Engie, a austríaca Verbund e a norueguesa Statkraft, todas do setor, e o fundo Macquarie, são os escolhidos para a próxima fase.
No plano estratégico da EDP 2019-22, apresentado aos investidores e analistas em Londres, António Mexia, presidente da EDP referiu a intenção de encaixar mais de seis mil milhões de euros com a venda de negócios não estratégicos para o grupo, identificando sobretudo ativos em regime de mercado e centrais térmicas em Portugal e Espanha. O ECO Insider sabe que o que está à venda são mesmo ativos hídricos, num negócio avaliado em dois mil milhões. As centrais a carvão e a ciclo combinado, assim como parte do capital da Distribuição, ficam para depois.
Esta quinta-feira, a Reuters confirmou estes cinco nomes como estando no processo e adiantou que mais um candidato poderá juntar ao concurso: “A pré-seleção inclui cinco nomes, mas outro candidato potencial ainda pode voltar ao processo”, afirmou uma das fontes citadas pela agência. A Reuters apontava que não era certo se a Brookfield passasse à segunda fase de licitação.Contactada pela Reuters, a Verbund disse: “Fundamentalmente, olhamos para todas as opções que se enquadram na nossa estratégia de energias renováveis”. Já representantes de EDP, Iberdrola, Statkraft, Engie, Macquarie e Brookfield recusaram comentar a notícia.
Setembro é o mês para a apresentação das propostas vinculativas, mas as negociações poderão prolongar-se durante o mês de outubro, disse uma fonte à Reuters, salientando que “a EDP não está sob pressão pois tem até ao final do fechar este dossiê”.
A venda, liderada pela Morgan Stanley e pela UBS, faz parte de uma estratégia de redução da exposição ao mercado português e espanhol para ganhar balanço para o mercado americano e para as renováveis.
A EDP registou uma subida de 7% do lucro para 405 milhões de euros no primeiro semestre do ano. A melhoria foi explicada pela empresa liderada por António Mexia com a atividade internacional, enquanto continua a ser penalizada pelas alterações regulatórias no mercado português.
As ações da EDP seguem estáveis nos 3,528 euros.
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