ENERGIA - BARRAGEM DE FRIDÃO
Lucros da EDP sobem 55% para
460 milhões no terceiro trimestre
O ministro
do Ambiente, Matos Fernandes, e o presidente da EDP, António Mexia LUSA/MIGUEL A. LOPES
Empresa diz que ganhos foram
afectados por vários dossiers em que tem diferendos com o Governo, como a
barragem de Fridão e os cortes aos pagamentos relacionados com os contratos
CMEC.
A EDP registou lucros de 460
milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, o que traduz um aumento de
55% face ao resultado líquido obtido no mesmo período de 2018, divulgou hoje a
empresa presidida por António Mexia.
Em comunicado enviado à Comissão
do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), a EDP assinala que excluindo efeitos
não recorrentes, o resultado líquido subiu 7% em termos homólogos, para os 585
milhões de euros, uma vez que “a estratégia de asset rotation [rotação
de activos] e o crescimento nas redes no Brasil mais do que mitigaram a fraca
hidraulicidade e o aumento dos custos financeiros” nestes primeiros nove meses
de 2019.
Entre os eventos não recorrentes
que pesaram nos resultados estão a contribuição extraordinária sobre o sector
energético (-65 milhões de euros), a provisão relativa a Fridão (-59 milhões de
euros), a contribuição extraordinária sobre o sector energético (-66 milhões de
euros), e a provisão “relativa os aspectos inovatórios dos [contratos] CMEC”.
Inclui-se ainda a
diferença entre o ajustamento final dos CMEC (custos para a manutenção do
equilíbrio contratual) reconhecido em Dezembro de 2017 e o aprovado pelo
Governo em Maio de 2018.
Lusa, in Público - 30 de Outubro de 2019
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