sábado, 2 de março de 2019

BLOCO DE ESQUERDA - TÂMEGA: Catarina Martins quer que AR trave construção da barragem de Fridão



 BLOCO DE ESQUERDA - TÂMEGA
Catarina Martins quer que AR trave construção da barragem de Fridão

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje esperar que o parlamento aprove o projeto de resolução apresentado por aquele partido que recomenda ao Governo o cancelamento da construção da barragem de Fridão, em Amarante.
 
 

"O que o BE quer é que seja dito que não haverá lugar à construção da barragem de Fridão [no rio Tâmega] e também garantir que cancelar essa construção não representa nenhum custo para os consumidores de energia e para o erário público", afirmou a dirigente.

Falando aos jornalistas, em Amarante, onde hoje visitou o mercado da cidade, numa das margens do rio, Catarina Martins recordou que Fridão é uma infraestrutura incluída no Plano Nacional de Barragens por um dos Governos de José Sócrates e que aquela foi "uma má decisão".

"A EDP já lucrou muito com as más decisões tomadas ao longo do tempo. Esta barragem tem de ser parada", insistiu, acrescentando: "É essa a proposta [de 20 de fevereiro] que vai ser votada no parlamento e esperamos que os vários partidos, que durante tanto tempo se levantaram também contra a barragem de Fridão, sejam agora coerentes com o que têm defendido e acabem com esta ameaça sobre a população de Amarante".

A barragem de Fridão consta há vários anos do Plano Nacional de Barragens, mas uma decisão definitiva sobre a construção daquele empreendimento hidroelétrico, que afeta vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto), tem sido sucessivamente adiada, num processo com avanços e recuos ao longo dos anos.

A líder do BE recordou hoje que Fridão é "uma barragem que tem imensos problemas, desde logo com a montagem financeira do próprio plano, que permite ganhos avultados à EDP, sem que se perceba o que é que o país ganha com isso".

Insistindo que aquela infraestrutura hidroelétrica "não deve ser construída", justificou que a barragem teria "uma capacidade de produzir energia muito diminuta" e os danos ambientais seriam grandes.

"Os danos para a segurança, nomeadamente para Amarante, onde estamos, são enormes", reforçou.

A Barragem de Fridão, no rio Tâmega, foi concessionada à EDP e integra desde 2008 o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), num investimento estimado de 304 milhões de euros.

Lusa, in Notícias ao Minuto - 2 de Março de 2019

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