PNBEPH - CELORICO DE BASTO
ANULAÇÃO DE BARRAGENS REVOLTA AUTARCA DE CELORICO DE BASTO
Joaquim Mota e Silva diz que a não decisão do Governo é "inadmissível" e coloca em causa o futuro da região.
O presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto diz que a suspensão, por três anos, da decisão de avançar ou não com a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, é "um ato de guerra do Governo" contra os municípios da região.
"Há oito anos que vivemos neste impasse e agora o Governo vem dizer que a decisão de construir ou não a barragem vai ter de esperar mais três anos. Ora isto é inadmissível e põe em causa o futuro de autarquias, empresas e pessoas de toda esta região", diz Joaquim Mota e Silva, para quem "pior do que uma má decisão é não decidir coisa nenhuma".
Esta barragem do Fridão, pela qual a EDP pagou ao Estado português 231,7 milhões de euros, integrava o projeto das ‘Cascatas do Tâmega’, que implicava a construção, neste curso de água, de quatro barragens.
Segundo o último anúncio do Governo, vão ser construídas três das estruturas, as que foram entregues à espanhola Iberdrola por um valor próximo de mil milhões de euros, ficando esta, de Fridão, à espera de uma decisão até 2019.
Joaquim Mota e Silva diz que esta situação não faz qualquer sentido. "Estamos perante uma situação inacreditável, que causa uma enorme revolta e que vai motivar fortes protestos da nossa parte", diz o autarca, acrescentando que "ou são construídas as barragens todas ou não é construída nenhuma".
A Câmara de Celorico de Basto vai realizar um estudo económico sobre este caso e o autarca admite levar o caso aos tribunais, exigindo que o município seja ressarcido dos "enormes prejuízos" causados "pela falta de planeamento estratégico dos sucessivos governos".
"Quarenta por cento da área da albufeira fica em Celorico e, por incúria, temos todo um território com o PDM suspenso", afirma Mota e Silva.
Secundino Cunha, in Correio da Manhã - 20 de Abril de 2016
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