Autarca de Amarante contesta barragem de Fridão
O presidente da Câmara Municipal de Amarante, Armindo Abreu, considera que a cidade vai ficar no meio de dois lagos se a barragem de Fridão for construída. O ministro do Ambiente, Nunes Correia, assegurou que a situação vai ser analisada.
O presidente da câmara de Amarante está contra a barragem de Fridão, que será construída 12 [6] quilómetros a montante da cidade e que, na sua opinião, vai deixar a cidade no meio de duas barragens e de um lago de águas paradas.
Ouvido pela TSF, Armindo Abreu lembrou que a cidade ficaria no meio das barragens de Torrão e de Fridão e que a qualidade de água que chegaria a Amarante seria bastante pior que a actual, uma vez que as barragens degradam a qualidade da água.
«Se tivéssemos a cota 65 na barragem do Fridão e se ela a jusante já está muito má com os fenómenos conhecidos de atrofização então ficaríamos no centro da cidade com um lago pestilento, isto para além do desequilíbrio estético e da harmonia que temos e que terminaria», acrescentou.
Também em declarações à TSF, o ministro do Ambiente disse compreender as preocupações do autarca de Amarante e recordou o «enquadramento cénico notável» da cidade, que considerou ser em si mesmo um «valor».
«Esse é justamente um dos aspectos que vai ter de ser ponderado na avaliação de impacto ambiental. Quando se diz construir uma barragem isso quer dizer pouco, porque no que diz respeito à localização, à cota e à cota de exploração existem muitas variantes», explicou Nunes Correia.
in TSF - 28 de Janeiro de 2008
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