domingo, 29 de janeiro de 2023

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS: Jornalistas foram conhecer um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa dos últimos 25 anos.







ALTO TÂMEGA - BARRAGENS

Jornalistas foram conhecer um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa dos últimos 25 anos.

Uma equipa de jornalistas espanhóis visitou na última semana o Sistema Eletroprodutor do Tâmega. O objetivo foi conhecer um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, contemplando a construção de três barragens (Daivões, Gouvães e Alto Tâmega).

O projeto, que implicou um investimento de 1,5 mil milhões de euros, tem tecnologia de bombagem de água entre barragens e armazenamento de energia renovável suficiente para dois milhões de lares portugueses durante um dia inteiro.

Nesta "gigabateria" a energia excedente em períodos de baixo consumo pode ser utilizada para bombear água de uma albufeira inferior para uma superior e ajudar a colmatar as necessidades do mercado nos horários de maior procura.

in Jornal de Notícias - 29 de Janeiro de 2023

sábado, 28 de janeiro de 2023

POLÍTICA - OPINIÃO: Para além dos Escândalos

 

POLÍTICA - OPINIÃO

Para além dos Escândalos


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Se quisermos boas notícias, temos de ir buscá-las a outros lados. O “New York Times”, por exemplo, trazia há algumas semanas uma reportagem sobre a barragem do Alto Tâmega, que promete uma solução para um dos maiores problemas das energias renováveis: o armazenamento da energia para poder ser utilizada em períodos de menor produção. A solução encontrada é brilhante e passa pela reutilização da água que passa nas turbinas de produção de eletricidade, bombeando-a de novo para montante de modo a poder ser armazenada. A capacidade de produção de energia da barragem, diz o artigo, é equivalente à de uma central nuclear. Pelo mundo fora aguarda-se pelos resultados e há planos. Para replicar a solução, nem que seja adaptando barragens já existentes. Alguém se lembra de ver esta notícia passar nas televisões portuguesas?

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António Ferreira, in Jornal O Interior - 28 de Janeiro de 2023

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS: Projeto português na Bienal de Veneza de Arquitetura mostra impacto da ‘gigabateria’ na bacia do Tâmega

 

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS

Projeto português na Bienal de Veneza de Arquitetura mostra impacto da ‘gigabateria’ na bacia do Tâmega


O projeto “Fertile Futures”, que vai representar Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura, com curadoria de Andreia Garcia, vai ser hoje lançado, em Lisboa, num programa de dois dias de debates com 16 especialistas nacionais e estrangeiros. Um dos casos em estudo no projeto é o do impacto da gigabateria do Tâmega, obra da Iberdrola que prevê fornecer eletricidade a mais de 250 mil lares.

A problemática da escassez de água doce e a busca de soluções sustentáveis para a gestão de recursos hídricos são o centro deste projeto que assenta em sete casos do território português, de acordo com a curadoria que venceu o concurso organizado pela Direção-geral das Artes (DGArtes).

Esta proposta portuguesa envolve um conjunto de laboratórios de debate e será também apresentada em forma de uma exposição no Palácio Franchetti, em Veneza, entre 20 de maio e 26 de novembro, na 18.ª Exposição Internacional de Arquitectura, que tem como título “O Laboratório do Futuro”, lançado pela curadora Lesley Lokko.

O Sistema Eletroprodutor do Tâmega, complexo formado por três barragens e três centrais hidroelétricas (Alto Tâmega, Daivões e Gouvães), vai produzir energia ‘verde’ suficiente para abastecer cerca de 400 mil famílias, o “equivalente às populações de Braga e Guimarães”, os dois concelhos mais populosos do Minho.

A energia, que será vendida para a Rede Energética Nacional (e espalhada por todo o país), se ficasse concentrada nesses dois concelhos, seria suficiente para os abastecer ao longo de todo o ano.

O contrato com o Governo, ganho em concurso público internacional, é de 70 anos.

A central de Gouvães será reversível, ou seja, permitirá o armazenamento de água da albufeira de Daivões (que abrange uma parcela de terreno em Cabeceiras de Basto) na albufeira de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de altura, pode ler-se no projeto da hidroelétrica, consultado por O MINHO.

Trienal de Arquitetura de Lisboa

Hoje e domingo, no Palácio Sinel de Cordes, sede da Trienal de Arquitetura de Lisboa, parceira do projeto, decorre o primeiro momento de “Fertile Futures”, descrito pela curadora como uma resposta à urgência da escassez de água doce.

A proposta para Veneza “é muito sobre o encontro e sobre a produção de conhecimento nesse encontro, a pensar nas novas gerações, que serão os responsáveis pelo futuro sustentável”, sintetizou Andreia Garcia esta semana, numa entrevista à agência Lusa sobre a ideia essencial, que “articula projeto, pensamento e pedagogia”.

“A escassez de água doce é um problema global com manifestações dramáticas no território português. Repercute-se no alargamento dos períodos de seca extrema e aumento do calor, agravamento de aridez dos solos, risco de incêndio, e, ao mesmo tempo, cheias e inundações que vivemos recentemente”, alertou a arquiteta e professora universitária, fundadora do ateliê Architectural Affairs, no Porto.

No projeto serão reunidos especialistas de várias áreas além da arquitetura, da antropologia, geografia e engenharia, num encontro “multidisciplinar, equitativo, sustentável, participativo e colaborativo”, entre várias gerações, porque será aberto também a estudantes de todo o mundo numa escola de verão, a decorrer no Fundão, no distrito de Castelo Branco.

Esta proposta baseia-se numa “ideia muito alternativa” à habitual “exposição de obras selecionadas” na Bienal de Veneza, sublinhou à Lusa a arquiteta que assinou, entre outros projetos, a curadoria da Bienal de Arte Contemporânea da Maia (2019).

Os casos em estudo escolhidos para o projeto, exemplificativos da ação do ser humano sobre recursos hídricos, naturais e finitos são “o impacto da Gigabateria na bacia do Tâmega; a quebra da convenção no Douro Internacional; a extração mineira no Médio Tejo; a imposição de interesses na Albufeira do Alqueva; a anarquia no perímetro de rega do Rio Mira; a sobrecarga das lagoas na Lagoa das Sete Cidades e o risco de aluviões nas Ribeiras Madeirenses”.

Nesta primeira sessão de lançamento de “Fertile Futures”, em Lisboa, participam, como consultores, Álvaro Domingues, Ana Salgueiro Rodrigues, Ana Tostões, Andres Lepik, Aurora Carapinha, Eglantina Monteiro, Érica Castanheira, Francisco Ferreira, João Mora Porteiro, João Pedro Matos Fernandes, Luca Astorri, Margarida Waco, Marina Otero, Patti Anahory, Pedro Gadanho e Pedro Ignacio Alonso, e decorre hoje, entre as 10:20 e as 13:30, e as 15:00 e 17:30, e domingo, das 10:20 às 13:30.

As cinco assembleias de pensamento que compõem o projeto “Fertile Futures” serão abertos ao público, e de acesso gratuito, e irão decorrer ainda em Veneza (maio), Braga (junho), Faro (setembro) e Porto Santo (outubro).


in O Minho - 28 de Janeiro de 2023

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

GOVERNO - BARRAGEM DE FRIDÃO: Estado quer indemnização de 218 milhões de euros da EDP por barragem de Fridão

 

GOVERNO - BARRAGEM DE FRIDÃO

Estado quer indemnização de 218 milhões de euros da EDP por barragem de Fridão

Barragem de Fridão nunca chegou a ser construída. Tribunal arbitral chegou a decidir a favor de um reembolso do Estado à EDP, mas governo recorreu para o Supremo Tribunal Administrativo a reclamar uma indemnização à empresa.


O governo quer que a EDP pague uma indemnização de 218 milhões de euros (ou subsidiariamente de 150 milhões de euros) por causa da barragem de Fridão, que nunca chegou a ser construída, ou, em alternativa, quer que o valor a restituir à empresa seja reduzido, noticia o Público esta quinta-feira.

O governo espera que o Supremo Tribunal Administrativo (STA) lhe dê razão no litígio com a EDP em torno da barragem do Fridão e que o caso se salde com uma indemnização a favor dos cofres públicos. Em julho, o tribunal arbitral determinou que a EDP tinha direito ao reembolso dos 218 milhões de euros investidos em 2009 pelo direito a explorar a central nunca construída. No entanto, o Ministério das Finanças entendeu que "não é a EDPP [EDP Produção], mas o Estado, que tem direito a ver resolvido o Contrato de Implementação" e, por isso, recorreu para o STA.

in Diário de Notícias - 19 de Janeiro de 2023

GOVERNO - BARRAGEM DE FRIDÃO: Estado reclama indemnização ou corte no valor a pagar à EDP por Fridão









GOVERNO - BARRAGEM DE FRIDÃO

Estado reclama indemnização ou corte no valor a pagar à EDP por Fridão

Governo quer que EDP pague indemnização de 218 milhões ou de 150 milhões de euros por não construir a barragem. Em alternativa, espera ver reduzido o valor a restituir à empresa.

O paredão da barragem de Fridão ficaria localizado a cerca de 8 km do centro histórico de Amarante INES FERNANDES

O Estado espera que o Supremo Tribunal Administrativo (STA) lhe dê razão no litígio com a EDP em torno da barragem do Fridão e que o caso se salde com uma indemnização a favor dos cofres públicos. Depois de o tribunal arbitral que julgou o conflito ter determinado, em Julho, que a eléctrica tinha direito ao reembolso dos 218 milhões de euros pagos em 2009 pelo direito a explorar a central que nunca foi construída, o Estado, representado pelo Ministério das Finanças, apresentou recurso junto do STA pedindo a revista excepcional do acórdão do tribunal arbitral.

Ana Brito, in Público - 19 de Janeiro de 2023

domingo, 8 de janeiro de 2023

TÂMEGA - BARRAGENS: Populações exigem reposição de estrutura centenária

 



TÂMEGA - BARRAGENS

Populações exigem reposição de estrutura centenária


As populações das aldeias de Monteiros, Vila Pouca de Aguiar, e Veral, Boticas, estão pedindo a reposição da ponte de arame que as liga, que será removida devido ao enchimento da barragem do Alto Tâmega. 

Estas comunidades e com o apoio dos autarcas da região de Vila Real têm lutado à anos pela reposição da ponte pedestre sobre o rio Tâmega, que liga as aldeias de Veral (Boticas) e Monteiros (Vila Pouca de Aguiar). 

Ela será brevemente removida devido à construção da barragem do Alto Tâmega, que faz parte do Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), concedido à empresa espanhola Iberdrola. 

As comunidades alegam que a ponte é vital para a sua sobrevivência e que a sua remoção afetará gravemente a sua vida cotidiana. Eles também afirmam que a Iberdrola não garantiu a reposição da ponte.

in Canal Alentejo - 8 de Janeiro de 2023

TÂMEGA - BARRAGENS: Populações unem-se em defesa da ponte de arame entre Veral e Monteiros no Tâmega

 

TÂMEGA - BARRAGENS

Populações unem-se em defesa da ponte de arame entre Veral e Monteiros do Tâmega 


As populações de Veral, Boticas e Monteiros unem-se este domingo em defesa da ponte de arame que será afetada pelo enchimento da barragem do Alto Tâmega, sem que esteja garantida a sua reposição.

As populações e autarcas do distrito de Vila Real lutam há vários anos pela reposição da ponte pedonal sobre o rio Tâmega, que liga as aldeias de Veral (Boticas) e Monteiros (Vila Pouca de Aguiar) e que vai ser retirada devido à construção da barragem do Alto Tâmega, inserida no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), concessionado à espanhola Iberdrola.

Foi marcado para hoje um almoço convívio, em Monteiros, em defesa da ponte de arame e que visa sensibilizar a Iberdrola e o Governo para a necessidade de encontrar uma “solução viável” para a travessia do rio Tâmega e a manutenção das relações de proximidade entre os habitantes das duas aldeias.

Durante a manhã, um grupo de habitantes de Veral realizou uma caminhada de 1.600 metros até à aldeia vizinha de Monteiros, através da ligação pedonal que agora une as duas localidades e, consequentemente, os dois concelhos.

Em simultâneo, outro grupo fez a viagem de autocarro percorrendo os 54 quilómetros entre as duas aldeias.

A reivindicação das populações e autarcas arrasta-se desde que se soube que a ponte pedonal iria ser retirada, sem uma alternativa para o atravessamento do rio. No entanto, argumentos como o elevado custo da infraestrutura e os poucos utilizadores têm sido usados contra a construção de uma nova ponte.

in Porto Canal - 8 de Janeiro de 2023

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

RIO TÂMEGA - BARRAGENS: Monteiros acolhe convívio para apelar à recolocação da Ponte de Arame

 

RIO TÂMEGA - BARRAGENS

Monteiros acolhe convívio para apelar à recolocação da Ponte de Arame


No próximo domingo, dia 8 de janeiro, a partir das 12h30, no centro aldeia de Monteiros, numa tenda gigante montada para o efeito, reúne-se, num grande almoço festivo, o povo das aldeias de Monteiros e de Veral para comemorar a “luz ao fundo do túnel” da recolocação da Ponte de Arame que liga as duas aldeias, de um lado e do outro do rio Tâmega.

A partir das 11h30, um grupo de pessoas de Veral, no concelho de Boticas, irá fazer a caminhada de 1.600 metros com travessia pela Ponte de Arame até Monteiros, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, e outro grupo irá fazer a viagem de autocarro entre as mesmas aldeias numa distância que é de 54 quilómetros.

Recorde-se que a Ponte de Arame Monteiros-Veral, construída pelas próprias populações em tempos já imemoriais, sempre ligou as duas aldeias, permitindo câmbios de culturas e mercadorias, passagem de animais, pessoas, famílias e afetos.

Com a construção da barragem do Alto Tâmega pela Iberdrola, a Ponte de Arame Monteiros-Veral ficará submersa, não havendo até agora garantia da sua recolocação numa cota mais alta, apesar dos rogos das populações e dos muitos emigrantes ligados às aldeias, dos esforços dos “Amigos da Ponte de Arame” e da vontade das autoridades locais.

Assim, no domingo, haverá novidades a anunciar, nomeadamente apoios financeiros das duas Câmaras Municipais envolvidas (Vila Pouca de Aguiar e Boticas) para recolocação da Ponte de Arame, num local que permita a comunicação entre as margens, e uma manifestação de vontade popular genuína em prol do futuro das duas aldeias.

Com a Ponte (construída, recorde-se, pelo povo), Monteiro e Veral terão futuro – nomeadamente turístico, resultante do seu tipicismo da albufeira que a subida das águas formará – e sem a Ponte as duas aldeias morrerão.


in Notícias de Aguiar - 6 de Janeiro de 2023