ALTO TÂMEGA - BARRAGEM
Pontes de arame na moda... menos "a" Ponte de Arame
As pontes passadiços estão na moda, sobretudo depois da inauguração da Ponte 516 de Arouca. Com os seus modestos 30 m., a velhinha ponte não quer competir. Mas é diferente: a de Monteiros-Veral foi uma construção comunitária que fazia falta. E continua a fazer!
A Iberdrola, a responsável pela barragem, tem sido incansável nas contrapartidas. No que se refere à Ponte Monteiros-Veral, há, porém, como que um "diálogo de surdos".
Primeiro foi a procura de encontrar lugar para recolocar a ponte... mesmo que entre margens desabitadas. A ponte só como "monumento".
Depois, recentemente (carta à Agência Portuguesa do Ambiente de 18.03.21), a afirmação de que a questão da ponte está a ser estudada (serão apresentados projetos até 30.06.21) mas que, "no que se refere à comunicação entre as margens, esta seria assegurada através da existência da passagem rodoviária na barragem do Alto Tâmega", sendo que o trajeto "é atualmente mais curto por via rodoviária do que o trajeto a pé" pela ponte.
Afirmação de total desconhecimento da realidade. O referido trajeto é uma hora de má estrada. A pé... talvez 15 minutos.
A solução é simples: peguem na ponte, coloquem-na numa cota mais alta, provavelmente aumentem-na um pouco de extensão (não é difícil)... E a ponte continuará a servir as populações, permitirá que as duas localidades não morram lentamente e, com a previsível albufeira que se formará, Monteiros e Veral poderão até ressurgir, com a ponte como atração.
Simples, barato e eficaz. Vamos descomplicar!
*Amigos da Ponte de Arame Monteiros-Veral
Maria Olímpia Mourão, in Jornal de Notícias - 17 de Junho de 2021
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