quarta-feira, 22 de maio de 2013

ALTO TÂMEGA - BARRAGENS: Quercus recorre ao Tribunal para travar barragens do Alto Tâmega






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ALTO TÂMEGA - BARRAGENS
Quercus recorre ao Tribunal para travar barragens do Alto Tâmega

A Quercus recorreu ao Tribunal Constitucional para impedir a construção de três barragens no rio Tâmega, no distrito de Vila Real, avançou hoje à agência Lusa o vice-presidente da direção nacional daquela associação ambientalista.



João Branco explicou que, depois de um processo com decisões e recursos nos tribunais administrativos, a Quercus avançou para o Constitucional para que seja "feita justiça".

A construção do empreendimento hidroelétrico do Alto Tâmega (barragens de Gouvães, Tâmega e Daivões), causará, na opinião do dirigente, "enormes e irreversíveis" impactos ambientais ao nível dos ecossistemas florestais, biodiversidade, campos agrícolas e água.

Os benefícios, frisou, serão "muito poucos".

Atualmente, as obras de construção das barragens, que integram a denominada Cascata do Tâmega, estão suspensas devido a uma providência cautelar interposta pela associação para que a Declaração de Impacte Ambiental (DIA), impondo a sua construção às cotas mais baixas, seja considerada nula.

Além do ambiente, João Branco considerou que o desenvolvimento socioeconómico da região também será "fortemente afetado", nomeadamente o turismo da natureza, a prática da pesca desportiva, da canoagem e da atividade balnear nas praias fluviais.

E, relembrou, o recurso natural que é o rio Tâmega funciona como principal ativo desta região de Trás-os-Montes, pelo que a estratégia de desenvolvimento tem de passar pela sua preservação e não destruição.

Face à situação do país e para evitar o agravamento da despesa do Estado, o responsável espera que o projeto não avance porque, à semelhança das autoestradas, as barragens são investimentos público-privados.

"É preciso não esquecer que os custos das barragens, centenas de milhões de euros, vão ser pagos pelo consumidor na conta da eletricidade e não pela promotora do projeto", realçou.

Em 2011, a associação ambientalista apresentou uma queixa formal à Comissão Europeia contra o Estado português acusando-o de "violação flagrante" de várias diretivas europeias no mesmo projeto.

A construção deste complexo hidroelétrico foi adjudicada à empresa Iberdrola, representa um investimento de 1.700 milhões de euros e faz parte do Plano Nacional de Barragens.

A Iberdrola já pagou ao Estado um prémio de concessão no valor de 303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos. O empreendimento deverá ter um total de 1.135 megawatts de potência e uma produção elétrica anual de 1.900 gigawatts/hora.
Lusa, in País ao Minuto - 22 de Maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

EDP - Barragem do Tua: Eléctrica sem freio constrói (por «lapso»!) estrada sem licença

EDP - Barragem do Tua
Eléctrica sem freio constrói (por «lapso»!) estrada sem licença


Um episódio verdadeiramente inenarrável só digno de quem se movimenta no escuro.


quarta-feira, 8 de maio de 2013

PNBEPH - Barragem do Tua: Um documentário para tentar salvar o Vale do Tua


PNBEPH - Barragem do Tua
Um documentário para tentar salvar o Vale do Tua

Breve apresentação de um documentário de urgência , hoje (8/05) em estreia, sobre o vale do rio Tua que os senhores «chineses» da EDP vão destruir, mancomunados com os amigos pousados na governança, apesar dos apelos e com agravo. 


(Clicar na imagem para ver o documentário)

O biólogo António Castelo e o realizador João Vasconcelos, da Associação Internacional para a Documentação da Natureza/AidNature, passaram um mês a filmar o último rio selvagem da Europa, no Vale do Tua. 

Financiados pelo Partido dos Animais e da Natureza (PAN), registaram imagens de uma fauna e flora que após a construção da Barragem da Foz do Tua deverão desaparecer. 

A curta-metragem documental é exibida nesta quarta-feira na FNAC Colombo, em Lisboa, às 19h.

Vera Moutinho, in Público (Multimédia) - 8 de Maio de 2013