TÂMEGA - BARRAGENS
Quercus: Barragens do Tâmega são "maior atentado" à natureza
A associação ambientalista Quercus classifica as barragens em construção no Alto Tâmega, no distrito de Vila Real, como o "maior atentado" à conservação da natureza, em Portugal, em 2017.
Na véspera do Dia Mundial da Conservação da Natureza, que se assinala sexta-feira, a Quercus afirmou "que as barragens constituem a maior ameaça à conservação da natureza, em Portugal, actualmente".
A associação referiu-se directamente ao Sistema Electroprodutor do Tâmega, concessionado à Iberdrola e que inclui a construção das barragens de Gouvães, Daivões e Alto Tâmega, cujos trabalhos já estão no terreno.
"As barragens colocam em risco os habitats naturais das regiões envolventes, uma vez que transformam, fragmentam e degradam os ecossistemas, e criam, inclusivamente, barreiras incontornáveis para espécies migradoras", salientou a organização, em comunicado.
No caso específico das barragens do Tâmega, a Quercus frisou que "as ameaças abrangem a agricultura, em particular a viticultura, com perdas de terreno e eventuais alterações ao clima com aumento de frequência de nevoeiros, e colocam, também, em perigo o lobo ibérico, nas Serras do Marão e Alvão".
Esta semana foi divulgado que a Comissão Europeia quer arquivar a queixa apresentada pela Quercus há seis anos contra a construção destas três barragens. A associação ambientalista já anunciou que vai recorrer da decisão.
A Quercus falou ainda do rio Tua, onde considerou que "os impactos da barragem nos ecossistemas são evidentes, tendo-se verificado, recentemente, uma elevada mortandade de peixes causada, provavelmente, pelo baixo caudal do rio, o que revela a perda de qualidade da água".
As autoridades foram alertadas no dia 12 de Julho para um número anormal de peixes mortos no rio Tua, na zona de Frechas, em Mirandela, suspeitando-se, segundo informou na altura a GNR, de uma descarga poluente de uma empresa.
A associação salientou que "o aproveitamento dos recursos hídricos para diversos fins, incluindo a produção hidroeléctrica como forma de energia, é relevante, mas tem que ser devidamente equacionado com os impact0s associados e com os objectivos de sustentabilidade e conservação da biodiversidade".
Por isso mesmo, reforçou o apelo ao Governo "para que não sobreponha os interesses das grandes companhias energéticas aos interesses da conservação da natureza".
in Renascença - 27 de Julho de 2017
Na véspera do Dia Mundial da Conservação da Natureza, que se assinala sexta-feira, a Quercus afirmou "que as barragens constituem a maior ameaça à conservação da natureza, em Portugal, actualmente".
A associação referiu-se directamente ao Sistema Electroprodutor do Tâmega, concessionado à Iberdrola e que inclui a construção das barragens de Gouvães, Daivões e Alto Tâmega, cujos trabalhos já estão no terreno.
"As barragens colocam em risco os habitats naturais das regiões envolventes, uma vez que transformam, fragmentam e degradam os ecossistemas, e criam, inclusivamente, barreiras incontornáveis para espécies migradoras", salientou a organização, em comunicado.
No caso específico das barragens do Tâmega, a Quercus frisou que "as ameaças abrangem a agricultura, em particular a viticultura, com perdas de terreno e eventuais alterações ao clima com aumento de frequência de nevoeiros, e colocam, também, em perigo o lobo ibérico, nas Serras do Marão e Alvão".
Esta semana foi divulgado que a Comissão Europeia quer arquivar a queixa apresentada pela Quercus há seis anos contra a construção destas três barragens. A associação ambientalista já anunciou que vai recorrer da decisão.
A Quercus falou ainda do rio Tua, onde considerou que "os impactos da barragem nos ecossistemas são evidentes, tendo-se verificado, recentemente, uma elevada mortandade de peixes causada, provavelmente, pelo baixo caudal do rio, o que revela a perda de qualidade da água".
As autoridades foram alertadas no dia 12 de Julho para um número anormal de peixes mortos no rio Tua, na zona de Frechas, em Mirandela, suspeitando-se, segundo informou na altura a GNR, de uma descarga poluente de uma empresa.
A associação salientou que "o aproveitamento dos recursos hídricos para diversos fins, incluindo a produção hidroeléctrica como forma de energia, é relevante, mas tem que ser devidamente equacionado com os impact0s associados e com os objectivos de sustentabilidade e conservação da biodiversidade".
Por isso mesmo, reforçou o apelo ao Governo "para que não sobreponha os interesses das grandes companhias energéticas aos interesses da conservação da natureza".
in Renascença - 27 de Julho de 2017